Sociedade | 27-05-2009 07:51

Chamusca perpetua três cidadãos que "amaram e amam a terra"

A tarde de Quinta-Feira de Ascensão na Chamusca foi passada pelos representantes da câmara municipal e junta de freguesia a inaugurar e descerrar placas toponímicas com os nomes de Álvaro do Amaral Netto (loteamento do Casal do Espargo), João José Fonseca e Emília Montalvo (loteamento das Barrajolas). “Trata-se de uma homenagem a pessoas nascidas na Chamusca que se distinguiram pelo amor à terra e na área da cultura”, disse o presidente da câmara, Sérgio Carrinho.Álvaro Fernandes do Amaral Netto (25 de Maio de 1903 – 14 de Março de 1971), fundou, entre 1928 e 1932, duas revistas e um jornal que tiveram vida efémera. Mais tarde, em Lisboa, é um dos fundadores da Casa do Ribatejo e da revista Ribatejo. Ao longo da vida escreveu inúmeros artigos sobre a história da Chamusca e em 1956 publicou um livro de poesia “Brasas da Minha Lareira” onde evoca o Ribatejo e a sua Chamusca.Emília Montalvo (7 de Maio de 1904 – 16 Maio de 1989) cegou muito nova mas isso não a impediu de vir a leccionar no asilo-escola “António Feliciano de Castilho”, em Lisboa, onde foi aluna. Falava várias línguas, entre as quais o Esperanto. Escreveu em jornais e revistas da época e no seu espólio há novelas, contos, sonetos e algumas peças de teatro. Nesta homenagem, Sérgio Carrinho e a presidente da junta, Aurelina Rufino, englobaram também a figura de Fernando de Jesus Ferreira, um homem do teatro que conviveu muito com a poetisa e que antes de falecer fez grande pressão para que Emília Montalvo fosse homenageada como merecia. João José Samouco da Fonseca, nascido a 29 de Outubro de 1932, é considerado, de acordo com a organização da homenagem, “o escritor, autor, poeta, mais profícuo de toda a história literária da Chamusca”. É autor de vários espectáculos de teatro de revista e de uma “História da Chamusca” em quatro volumes, o primeiro dos quais foi reeditado e lançado neste mesmo dia.Na altura do descerramento das placas toponímicas, Sérgio Carrinho chamou a atenção para o facto de se estar a homenagear três pessoas da terra. “Três pessoas que acima de tudo amaram ou amam a Chamusca, que a cantam ou a deixam escrita numa história que será preciosa no futuro. Por isso dignas desta simples homenagem, que queremos simples mas sincera”.Inauguração do edifício da JuntanimaA Junta de Freguesia da Chamusca aproveitou a data e a onda de inaugurações para mostrar e inaugurar o edifício da Juntanima. Um edifício no centro da vila, adquirido à família Pratas. “Em condições únicas, com pagamento faseado em cinco anos, sem juros. Por isso quero deixar aqui um agradecimento especial a esta família, que deu um grande impulso para que este espaço fosse colocado ao serviço da população”, referiu Aurelina Rufino.O edifício foi recuperado e requalificado e nele ficaram instaladas as valências do ATL dos jovens e dos idosos e as turmas de ensino das novas oportunidades. “Neste momento é utilizado por mais de meia centena de pessoas”, referiu a presidente da junta.

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