O Tribunal de Benavente deu razão aos proprietários do campo de voo de Benavente que interpuseram uma providência cautelar em Novembro do ano passado a solicitar a retiradas dos postes colocados pelo proprietário de um terreno contíguo. Luís Raimundo Silva vai ter de remover os nove postes até ao dia 31 de Maio de 2009, no próximo domingo.A decisão foi comunicada a semana passada aos autores da acção que se congratularam com a decisão. “Após 7 meses, aguardando uma decisão, devido à inutilização da pista principal, foi reposta a lei”, adiantam os responsáveis pela infra-estrutura. “Foi ainda decidido que se deve abster de praticar qualquer acto que impeça ou dificulte o uso e fruição dos direitos de uso das pistas, no espaço aéreo em causa, nomeadamente no que respeita aos levantamentos e aterragens dos voos, não podendo ser plantadas árvores de grande porte ou outros obstáculos na propriedade do mesmo”, refere a decisão.O MIRANTE tentou contactar Luís Raimundo que não esteve disponível para comentar a decisão do Tribunal. Recorde-se que o proprietário do terreno disse ter colocado os postes para impedir os voos rasantes das aeronaves sobre a sua propriedade. Os postes com cerca de oito metros de comprimento, foram colocados sem qualquer tipo de autorização. Apesar de parcialmente pintados de branco e vermelho constituíam um perigo. O campo de voo de Benavente foi instalado formalmente em 1992, e o proprietário garante que houve o cuidado de escolher um local sem habitações na área circundante. Alberga também uma escola de voo, tem licença do Instituto Nacional de Aviação Civil e autorização de funcionamento emitida pela Câmara Municipal de Benavente. O hangar acolhe cerca de 60 aeronaves e é um dos maiores campos de voo do país. Em média são realizados 250 movimentos por dia, mas às quintas-feiras, sábados e domingos o volume de aterragens e descolagens chega a atingir os 400 movimentos.