A Orquestra Típica Scalabitana (OTS) mudou de maestro, estando a ser dirigida agora por João Finote após Jorge Costa Pinto ter decidido abandonar as funções que ocupava desde Janeiro de 1998. O presidente do Círculo Cultural Scalabitano, entidade onde se integra a OTS, garantiu a O MIRANTE que a saída de Costa Pinto não teve a ver com questões financeiras, tratando-se de uma situação encarada com normalidade. “Já se encontrava na OTS há 13 anos e entendeu que era altura de terminar um ciclo, explicou Eliseu Raimundo.Segundo o mesmo responsável, o maestro Jorge Costa Pinto, residente em Lisboa, encontra-se ainda a colaborar com a orquestra na elaboração do novo CD do grupo de música típica ribatejana.A entrada do novo maestro, João Finote, é vista como uma sucessão natural encontrada no seio do colectivo, pois já integrava a orquestra para além de ser o responsável pela oficina de música do Círculo Cultural Scalabitano.A Orquestra Típica Scalabitana foi formada em 1946, tendo em Março de 1947 passado a integrar o Orfeão Scalabitano como uma das suas secções. O maestro António Gavino, jovem músico então com 23 anos, foi o seu fundador. “Criador da famosa Marcha Ribatejana, António Gavino imprimiu à orquestra o seu cunho pessoal, a filosofia de um estilo, tendo conseguido a continuidade da música popular e regional do Ribatejo”, lê-se na página do Círculo Cultural Scalabitano na Internet. Em 1996, a Câmara Municipal de Santarém atribui a Medalha de Ouro da Cidade à OTS, no seu 50.º aniversário.Segundo a mesma fonte, a Orquestra Típica Scalabitana é constituída por orquestra e coro misto. Tem cerca de 40 elementos, com idades compreendidas entre os 12 e os 65 anos. Os elementos da orquestra estão distribuídos pelos seguintes instrumentos: bandolins (6), flautas (2), flautim (1), acordeões (2), violas (3), violões (2), e bateria (1). Todos se apresentam em público com trajes típicos do Ribatejo desde 1948.