Sociedade | 07-09-2010 07:33

Águas de Santarém com parceiro privado que dá 15 milhões

O executivo da Câmara de Santarém encerrou segunda-feira o processo de selecção do parceiro privado que vai ficar com 49 por cento do capital da empresa municipal Águas de Santarém, gestora das redes de água e saneamento básico no concelho. O consórcio Aquainveste foi confirmado como vencedor do concurso público internacional e vai pagar à autarquia 15,3 milhões de euros em duas tranches, a liquidar em Novembro de 2010 e de 2011. O presidente do município, Moita Flores (PSD), enfatizou os benefícios do negócio que vai permitir um forte investimento nos próximos anos, sobretudo na rede de saneamento básico. A proposta do consórcio privado prevê um investimento de 48 milhões de euros em infra-estruturas no prazo de cinco anos, sendo que 30 milhões devem ser aplicados nos dois primeiros anos de contrato. A câmara detém actualmente 100 por cento do capital da Águas de Santarém, avaliado em cerca de 30 milhões de euros e composto pelos activos dos extintos serviços municipalizados e de saneamento da autarquia. Moita Flores congratulou-se pelo desfecho e e confessou o “privilégio” que teve em ser protagonista neste processo, que se iniciou com a saída do município do projecto intermunicipal Águas do Ribatejo, liderado pela Comunidade Urbana da Lezíria do Tejo (CULT). “Prometi que nunca permitiria que a Câmara de Santarém fosse espoliada dos seus bens por gente sem escrúpulos”, referiu, dizendo que antes “Santarém era completamente esmifrada não só pelos corvos que a habitam como pelos abutres de fora”. E elogiou as vantagens pela opção assumida, em que a autarquia, para além de ser accionista maioritária, garante no fim do contrato a reversão do património no sector das águas e saneamento. Os dois vereadores do PS votaram contra a decisão, como sempre fizeram ao longo do processo, mantendo a posição de que a autarquia tinha condições para continuar a deter a cem por cento o capital da Águas de Santarém. António Carmo criticou ainda o facto de ter recebido apenas três dias antes a extensa documentação sobre o assunto, e mesmo assim incompleta, referindo que os socialistas farão a sua intervenção de fundo na sessão da assembleia municipal marcada para 17 de Setembro.

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