Sociedade | 16-09-2010 13:38

Casas agrícolas tornam-se galerias de arte na primeira Trienal do Vale do Tejo

Várias casas agrícolas do Ribatejo vão tornar-se galerias de arte a partir de sábado, 18, na primeira Trienal do Vale do Tejo, uma iniciativa destinada a colocar a zona no mapa turístico, apesar da falta de apoios a nível regional. Até 10 de Outubro, esculturas e instalações de mais de uma dezena de artistas nacionais e estrangeiros vão estar expostas num contexto natural ao longo do rio para suscitar novas interpretações sobre a natureza através da arte contemporânea.Pela rota definida entre as casas, promove-se também os vinhos da região, já que os visitantes vão poder prová-los e visitar as vinhas, propostas a que se somam, mediante marcação, circuitos equestres e passeios de barco no Tejo. “Há aqui uma relação muito estreita entre gastronomia, vinho e arte, mas de forma a que o público de cada uma destas áreas compreenda a linguagem da outra”, explica à Lusa Rui Gonçalves Cepeda, presidente da associação Nada na Manga, promotora do evento.Com esta combinação pouco habitual de peças de autor e espaços agrícolas, a organização quer chegar até ao cidadão mais desinteressado por arte e mostrar que o Ribatejo tem muito mais do que vinho, touros e cavalos. “É uma área desfavorecida a nível turístico, não tem uma identidade. Queremos colocar o Ribatejo no panorama de interesse a esse nível”, sublinha Rui Gonçalves Cepeda, lamentando, por isso, que os apoios tenham ficado aquém das expectativas.Segundo o também director artístico do evento, as casas agrícolas tiveram uma adesão muito positiva, enquanto apenas duas autarquias (Alpiarça e Benavente) se associaram e a Direcção Regional de Cultura de Lisboa e Vale do Tejo foi a única entidade regional a garantir apoio. Na quarta-feira à noite, os promotores ainda aguardavam uma confirmação do Governo Civil e lamentavam a falta de participação da Entidade Regional de Turismo e da Comissão Vitivinícola Regional, entre outros. “Se não havia promoção antes e continua a não haver interesse após a apresentação de um projecto com toda a validade, deixa-me preocupado”, admite Rui Gonçalves Cepeda.Ainda antes do arranque oficial da Trienal, decorrem hoje e na sexta-feira algumas conferências ligadas ao evento, em Lisboa. Sobre o futuro, a associação ainda não tem planos concretos, mas prevê realizar algumas actividades até à segunda edição, para que “daqui a três anos o percurso comece a tomar forma”.

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