Sociedade | 22-09-2010 00:21

Moita Flores diz que não se deixa "intimidar por ameaças de morte"

O promotor da petição em defesa da festa brava, o escritor e autarca Francisco Moita Flores, disse que não se deixará intimidar por “ameaças de morte” nem “insultos”, garantindo que conseguirá reunir 100 000 assinaturas.“Já ultrapassámos os prosélitos e os talibãs que se acham os donos da moral”, disse Moita Flores, referindo-se aos promotores da petição pela abolição das touradas e de todos os espectáculos com touros, que reuniu até hoje cerca de 7800 assinaturas contra as pouco mais de 9100 da petição pela festa brava.O presidente da câmara municipal de Santarém condenou os que têm “como única forma de defender os seus pontos de vista a ameaça de morte e o insulto”, recusando contudo precisar se e quando foi alvo de tais ameaças.“Apenas digo que não me incomodam ameaças de morte, porque passei muitos anos a viver com isso”, disse.Moita Flores acredita que a petição em defesa da festa brava alcançará as 100 000 assinaturas.Segundo o autarca, o que o move é a defesa da economia de uma região e dos “rituais simbólicos de vida, de festa, de luto e de luta” de um povo.“Não pode haver inquisição nenhuma dos tempos modernos que venha destruir comunidades inteiras e os seus mitos em nome da beatice e do hambúrguer urbano”, afirmou.Os subscritores da outra petição pedem a abolição das touradas “na linha humanista da abolição da pena de morte, em que Portugal foi pioneiro”, alegando o sofrimento infligido aos animais, e defendem a transformação das actuais praças de touros em museus e casas de cultura “onde se preserve informação sobre uma prática ultrapassada e onde se promovam actividades humanitárias”.

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