Sociedade | 24-09-2010 13:26

Concretização do Museu Alfredo Keil em Torres Novas depende de financiamento europeu

O projeto de arquitectura do futuro Museu Alfredo Keil vai ser apresentado no próximo dia 4 de Outubro em Torres Novas, numa cerimónia em que se ouvirá a Portuguesa, orquestrada pelo músico e escolhida para hino nacional pela República.O presidente da Câmara Municipal de Torres Novas, António Rodrigues (PS), disse que, devido a vicissitudes na elaboração do projecto, não será lançada a primeira pedra a 5 de Outubro, dia em que se assinala o centenário da República, como pretendia, mas que será possível antever o que será o museu, que deve ser instalado no antigo edifício do Paço.O autarca disse ser sua intenção lançar o concurso da obra ainda este ano, sublinhando, contudo, que a sua concretização está dependente da aprovação da candidatura que será apresentada no âmbito do Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN).Recorde-se que na sua tomada de posse, em Outubro do ano passado, o presidente da Câmara de Torres Novas manifestou a intenção de ter concretizado até Outubro de 2010 o museu Alfredo Keil. “Para o ano que vem é o centésimo aniversário da implementação da República. Seria algo desagradável comemorar-se o centenário da República e o museu não estar a funcionar e ao dispor de toda a gente. Não só dos torrejanos como da região e do país”, afirmou António Rodrigues.Orçado em 1,2 milhões de euros, o Museu Alfredo Keil vai acolher numerosas obras a óleo, além dos cadernos de esboços e estudos, colecções (bilhetes de espectáculos, programas e catálogos), objectos pessoais, fotografias, correspondência, condecorações, desenhos e objectos alusivos à Portuguesa.Os termos em que será cedida pela família parte significativa do espólio do músico, pintor e poeta constam de um contrato de comodato assinado em Junho de 2007 entre a Câmara de Torres Novas e a família de Alfredo Keil.Na altura, o bisneto de Alfredo Keil explicou as razões da ida do espólio do autor da Portuguesa para Torres Novas com o facto de, pela primeira vez em muitos anos, alguém ter procurado a família “com uma proposta, um espaço e um projeto cultural com sentido”.Francisco Keil do Amaral lamentou então os “15 anos de expectativas” criadas nos contactos com a Câmara de Lisboa, goradas as quais se seguiram 21 anos de contactos com a Câmara de Sintra, onde o artista passava longas temporadas na casa de praia. “Alfredo Keil (lisboeta) não é de Lisboa nem de Sintra é de dimensão nacional”, disse ainda Francisco Amaral na altura.Os esforços para encontrar um local condigno para o espólio do artista estenderam-se ainda a Tomar e Ferreira do Zêzere, onde Alfredo Keil se hospedava numa estalagem a pretexto de ir caçar e onde pintou, fez música e se inspirou para a ópera sobre a lenda de Santa Iria e onde orquestrou a Portuguesa.

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