Sociedade | 24-09-2010 13:14

Zona industrial de Azambuja não pode ser baldio logístico

“Azambuja não pode ser um baldio logístico como muitos que existem no país”. O alerta foi feito pelo director em Portugal da empresa multinacional de transportes DHL. José da Costa Faria foi um dos oradores que participaram esta quinta-feira na sessão pública de discussão do Plano Estratégico de Azambuja, um documento que está a ser elaborado pela equipa do economista Augusto Mateus.O debate, que decorreu no auditório municipal do Páteo do Valverde, durou cerca de quatro horas e reuniu empresários do concelho, sobretudo da área da logística.José da Costa Faria apropriou-se do termo “baldio logístico” - de que confessou não gostar - para agitar consciências no debate sobre o desenvolvimento do concelho. O empresário considera que Azambuja nunca será uma zona premium [de excelência] para a área logística, mas lembra que o concelho precisa de garantir qualidade e assegurar que os bons clientes que existem nas imediações permanecem. A expressão “baldios logísticos” foi criticada pelo presidente do grupo TuriProjecto, José António Carmo: “Há bons terrenos agrícolas que estão a ser transformados à força em terrenos industriais”, atirou. O empresário do grupo - que está a desenvolver um mega investimento de logística nos antigos terrenos da Opel - referia-se à construção da vizinha Plataforma Logística da Castanheira do Ribatejo, empreendimento que levou o Governo a autorizar a título excepcional a desafectação de terrenos de REN (Reserva Ecológica Nacional) e RAN (Reserva Agrícola Nacional). “Com ou sem baldios temos conseguido fazer alguma coisa na zona”, conclui José António Carmo.O economista Augusto Mateus, que está a liderar o estudo, também não aprovou o termo “baldio logístico” para o caso de Azambuja, preferindo antes dizer que o único problema foi que as actividades de logística cresceram espontaneamente ao longo da Estrada Nacional 3, ressalvando no entanto que o município já tem o mais difícil: “um conjunto de grandes operadores”.Como solução para o problema da falta de ordenamento o especialista defende a construção de uma variante à nacional 3 – projecto estruturante para o desenvolvimento do concelho – que possibilitará “isolar” depois a zona. O presidente da Câmara Municipal de Azambuja, Joaquim Ramos (PS), fez questão de sublinhar que a autarquia já iniciou a construção de uma estrada por detrás dos armazéns da zona industrial de Azambuja, em colaboração com os empresários que ali se têm instalado, construindo assim uma via alternativa à já saturada EN3. Ler notícia completa na edição semanal.

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