Sociedade | 04-12-2010 00:17

Protocolo assinado prevê dois milhões de euros para requalificação da ponte sobre o Tejo

Com o objectivo de requalificar e reabrir ao tráfego rodoviário a ponte sobre o Tejo, na zona de Constância, o Ministro da Obras Públicas assinou sexta-feira um protocolo com as autarquias envolvidas que representa um investimento de dois milhões de euros.Com o protocolo assinado, será lançado “de imediato” um concurso público urgente de consignação da obra para que os trabalhos mais urgentes decorram durante o mês de Janeiro e a ponte reabra ao tráfego de ligeiros no mês seguinte.A ponte que liga Constância sul e a Praia do Ribatejo, em Vila Nova da Barquinha, está encerrada ao tráfego rodoviário e a normal utilização vedada aos cerca de quatro mil automobilistas desde o passado dia 20 de Julho, tendo a REFER alegado "falta de segurança devido ao elevado estado de degradação" no tabuleiro após a realização de uma vistoria técnica.O protocolo agora assinado entre os municípios de Constância e de Vila Nova da Barquinha e o Estado, através da REFER e da Estradas de Portugal (EP) implica um investimento de dois milhões de euros, 80 por cento dos quais a obter através de candidatura a fundos comunitários a apresentar pela autarquia de Constância, assumindo-se esta como entidade gestora e dona da obra.Dos 20 por cento de comparticipação nacional do investimento a realizar, o município de Constância assume a disponibilização de 6 por cento das verbas, Vila Nova da Barquinha 4 por cento, e REFER e EP 5 por cento cada. A consignação deste protocolo visa a reabilitação e reforço estrutural daquela ponte sobre o rio Tejo para reabertura ao trânsito rodoviário a veículos até 3,5 toneladas e a veículos de emergência, assegurando um prazo de vida útil de 50 anos.Ficou ainda estabelecido que a estrutura da ponte será cedida pela REFER ao tráfego rodoviário durante um período de 25 anos, nos termos do aditamento ao protocolo de cedência daquela infra-estrutura datado de 1984.Vítor Pombeiro e Máximo Ferreira, presidentes das autarquia de Vila Nova da Barquinha e Constância, respectivamente, disseram à agência Lusa que o momento “é importante” para a região e para as populações, salientando que o protocolo assinado “não é o desejável mas é o possível”.Os autarcas acrescentaram que, com a solução encontrada, a região “não ficará bem servida” em termos de acessibilidades, tendo reclamado pela construção “célere” das travessias previstas no âmbito da construção do IC3 e IC9, em Chamusca e Abrantes, respectivamente.Por seu turno, António Mendonça, ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, disse por que a solução encontrada “não resolve todos os problemas da região mas significa a resolução de um problema”, tendo defendido que o modelo encontrado “era o mais adequado em função das necessidades”.“Foi encontrado um bom modelo de resposta de forma articulada, pensada, reflectida e em espaço de tempo muito reduzido”, afirmou o governante, que referiu que o trabalho desenvolvido representa “um exemplo” de resposta em termos de resposta futura a problemas semelhantes.

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