Sociedade | 11-12-2010 00:22

Cartaxo com programa “Fome Zero” para garantir alimentos a famílias carenciadas

Cartaxo com programa “Fome Zero” para garantir alimentos a famílias carenciadas
A Câmara Municipal do Cartaxo lançou esta sexta-feira o programa “Fome Zero”, que visa suprir as necessidades alimentares das famílias carenciadas do concelho. Na sessão de apresentação do projecto, o presidente da autarquia, Paulo Caldas (PS), atribuiu um cheque de 3.500 euros ao banco Alimentar Contra a Fome de Santarém, entidade parceira nesta iniciativa. Essa verba, que será convertida em alimentos a distribuir por 697 pessoas, resulta da poupança feita este ano pelo município nas iluminações e decorações de Natal. Paulo Caldas diz que o objectivo deste programa “é transformar as verbas, que resultem de poupanças ou de cortes em desperdícios, em bens alimentares para distribuir pelas famílias carenciadas do concelho”. O Banco Alimentar Contra a Fome de Santarém canalizará depois os alimentos para as cinco instituições particulares de solidariedade social (IPSS) do concelho do Cartaxo, que os distribuirão pelas famílias carenciadas. Estão também envolvidas no projecto o Centro Paroquial de Pontével, a Conferência de São Francisco de Assis, a Conferência de São Vicente de Paulo, a Cruz Vermelha do Cartaxo e o Jardim de Infância do Cartaxo. O presidente da Câmara do Cartaxo diz que o município vai nos próximos dois ou três anos contribuir com novas ajudas ao Banco Alimentar destinadas ao mesmo fim e que já sensibilizou as juntas de freguesia do concelho e algumas entidades particulares para seguirem o exemplo. “Os dias que vivemos são cada vez mais difíceis. O programa Fome Zero pretende garantir que ninguém vive com fome no concelho. Queremos transformar as poupanças em alimentos”, disse Paulo Caldas no salão nobre dos paços do concelho perante uma plateia composta maioritariamente por autarcas e pessoas ligadas às IPSS do concelho. O autarca reconheceu que “há muito desperdício que é feito pelos políticos e por particulares e há que ter coragem para o assumir e converter esse desperdício em coisas boas e ajudar a combater os desequilíbrios sociais”. Para o próximo ano, a Câmara do Cartaxo pretende cortar também nalgumas festas e eventos, informou ainda. “Em 2011 prevemos uma verba de 30 mil euros para apoiar o Banco Alimentar”, referiu. O presidente do Banco Alimentar de Santarém sublinhou que a Câmara do Cartaxo foi a primeira entidade pública a associar-se de forma permanente à actividade de recolha de alimentos. Ramiro Matos agradeceu a Paulo Caldas o seu “exemplo”, que “é magnífico”, referindo que o Banco Alimentar, apesar de ser uma IPSS, tem a dimensão de uma média empresa distribuindo entre 200 e 250 toneladas de alimentos por ano pelas instituições. E por isso necessita de apoio, pelo que considerou o cheque “bem-vindo”. “Ficámos contentes pelo reconhecimento, por parte da autarquia do Cartaxo, da idoneidade e credibilidade do nosso trabalho”, frisou Ramiro Matos, dizendo que considera esta iniciativa “um acto de coragem do presidente Paulo Caldas ao reconhecer que existe fome no seu concelho”.

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