Sociedade | 19-07-2011 14:38

Trabalhadores da TNC regressam a Alverca depois de serem desmobilizados pela polícia

Trabalhadores da TNC regressam a Alverca depois de serem desmobilizados pela polícia
Os trabalhadores da Transportadora Nacional de Camionagem (TNC) localizada em Alverca, concelho de Vila Franca de Xira, partiram da empresa em Alverca esta manhã, 19 de Julho, por volta das 9h00, com destino ao Palácio de São Bento em Lisboa, mas acabaram por ser desmobilizados e neste momento já estão a regressar a Alverca. Perto de 30 camiões foram interceptados perto do Estádio José Alvalade, em Lisboa, pela polícia, tendo sido desaconselhados a continuar para a cidade para não provocar o “caos”. A partir deste ponto foram escoltados pela PSP até Sintra e neste momento já estão a regressar pela IC19 em direcção a Alverca. Esta é mais uma manifestação de protesto contra o encerramento da TNC, decretado no dia 13 de Julho, que está a colocar em causa 126 postos de trabalho. Uma dívida que ronda os 9 milhões de euros levou o administrador de insolvência a mandar recolher as viaturas, descarregar as mercadorias e cancelar os contratos que estavam a decorrer com outras empresas no dia 13 de Julho. O Banco Espírito Santo, o Santander Totta, a TNC2 e a gasolineira Kuwait são os principais credores. “Não existem dívidas à Segurança Social nem aos trabalhadores que têm os salários em dia. O mais estranho é que a empresa tem contratos fixos e tem trabalho para todos os trabalhadores”, garantiu Anabela Carvalheira, dirigente sindical do Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP). Um possível interessado na compra da empresa, que assumiria o passivo e manteria os postos de trabalho, veio trazer um novo alento aos trabalhadores. “O gestor judicial garantiu-nos que existia um possível interessado, mas custa-me a acreditar e nunca mais nos disseram nada desde sexta-feira”, conta o representante da comissão de trabalhadores da TNC, José Martins. Existem ainda perto de 40 trabalhadores que estão a terminar os serviços no estrangeiro, antes de regressarem a Portugal. Para já não existem ainda cartas de despedimento. Está marcada para a próxima quarta-feira, ao 12h00, uma reunião entre a presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, Maria da Luz Rosinha, o administrador de insolvência, alguns representantes dos trabalhadores e dirigentes sindicais da STRUP. Recorde-se que no dia 13 de Julho, por volta das 18h00, os trabalhadores foram informados que a empresa iria fechar, sem qualquer justificação adicional. Os trabalhadores vão permanecer na empresa até terem garantias que os direitos estão salvaguardados.

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