Sociedade | 26-07-2011 07:19

Águas e saneamento darão prejuízo de 8,5 milhões de euros à Câmara de Rio Maior até 2021

O Município de Rio Maior deverá acumular prejuízos de 2,7, 2,3 e 3,5 milhões de euros por cada triénio que se segue até 2021 caso se mantenha o actual tarifário do serviço de águas e saneamento básico, integrado na empresa intermunicipal Águas do Oeste (AO). Essa conclusão integra o estudo que a empresa das águas encomendou à empresa Deloitte e do qual o vice-presidente da autarquia, Carlos Frazão (ACIRM), deu conta na reunião do executivo de sexta-feira, um dia depois de algumas conclusões terem sido apresentadas durante reunião da AO."Atendendo à diferença entre o valor de água paga à empresa e o valor pelo qual é fornecida a água aos consumidores do concelho iremos ter esses prejuízos acumulados, situação que só encontra paralelo com Arruda dos Vinhos. O investimento previsto é de quatro milhões de euros", referiu Carlos Frazão. O vice-presidente acrescentou que, de acordo com o estudo, a que o município terá acesso integral mais tarde, todos os concelhos vão ter as suas contas equilibradas à excepção de Rio Maior e Arruda dos Vinhos, caso mantenham os actuais tarifários, apresentando a Deloitte algumas soluções diferenciadas de tarifários. Para além do tarifário reduzido, outros factores que contribuem para o défice de exploração do serviço de águas e saneamento no concelho são, de acordo com o estudo, cerca de 40 por cento de perdas com fugas de água e a isenção de cobrança de água a entidades como os bombeiros, misericórdia e outras entidades de cariz social. O vereador Carlos Nazaré (PS) reiterou posição já assumida anteriormente no executivo, ao defender que a câmara deve entrar em contencioso com a AO, não aceitando que os valores a pagar à empresa intermunicipal se mantenham no mesmo patamar que no tempo em que se previa a construção do novo aeroporto de Lisboa na Ota."Temos água em condições que dá para abastecer 70 a 80 por cento da população, com os três furos daChichareira 1 e 2 e da Vivenda, que dão 50 litros de água por segundo. Chegam para a cidade e arredores e tivemos de os fazer por falta dos investimentos prometidos pela AO. Se a câmara não agir ainda fica com fama de má pagador, temos de agir rapidamente para não perdermos a razão", comentou o autarca sobre a matéria.Carlos Frazão confirma que a autarquia está a estabelecer contactos para contratar um gabinete de advogados que estude uma solução para o problema.

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