Sociedade | 05-12-2011 00:14

Crise não demove Cerci de Azambuja de construir novo edifício de um milhão de euros

A Cerci – Flor da Vida da Azambuja, instituição dedicada a apoiar pessoas portadoras de deficiência, vai ter no Verão de 2013 um novo edifício na Quinta da Mina para desenvolver as suas actividades. O novo espaço de dois pisos e que já está em construção, vai incluir uma residência para 12 utentes e um Centro de Actividades Ocupacionais. Representa um investimento de um milhão e 55 mil euros, suportados na quase totalidade porfundos comunitários. Ainda assim 300 mil euros ficarão a cargo da associação. Um montante elevado em tempos de crise económica que não assusta o presidente da direcção, Carlos Neto.“Não é um passo maior que a perna. Sabemos bem para onde vamos. Para mim um passo maior que a perna teria sido o aeroporto e o TGV. Tudo foi pensado e apesar do momento actual estamos bem de saúde financeira”, explica. O dirigente garante que se o dinheiro prometido pelo Estado deixar de entrar na conta da Cerci a obra pára de imediato.“Se os apoios de Lisboa ficarem suspensos a meio da obra nós paramos tudo, porque não estamos preparados para a assumir na totalidade. Mas não acredito nisso”, explica. Uma gestão equilibrada e sempre à procura de alternativas de sustentabilidade são a chave do equilíbrio financeiro da Cerci de Azambuja. “Aproveitamos os nossos recursos e as parcerias que estabelecemos com a comunidade”, refere Carlos Neto.O novo edifício nasce num terreno cedido pela câmara municipal e estava em projecto desde Dezembro de 1996. A candidatura a fundos comunitários foi aprovada no último ano e as obras já estão no terreno. O novo espaço terá ginásio, tanque terapêutico, salas de fisioterapia, snoezelen (estimulação sensorial), refeitório para uma centena de utentes, cozinha, salão, sete salas polivalentes, rampas de acesso, elevadores, salas para os serviços administrativos, psicóloga, assistente social, sala de direcção entre outras.“Tudo isto são espaços que precisamos há muitos anos e não temos. A qualidade é muito importante, a residência vai ser um hotel de cinco estrelas, com casas de banho privativas e preparadas para cadeiras de rodas. Vai ser uma coisa sem luxos mas com todas as condições”, adianta Carlos Neto.Actualmente a Cerci da Azambuja tem 250 utentes e 60 funcionários. O empréstimo que a instituição pediu à banca para pagar a obra só vai ficar pago daqui a uma década. *Notícia desenvolvida na próxima edição semanal de O MIRANTE.

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