Sociedade | 05-12-2011 00:44

Obras na envolvente ao Convento de Cristo avançam a conta-gotas

As obras de requalificação urbanística da zona envolvente ao Convento de Cristo, em Tomar, estão a avançar longe do ritmo que era desejado pelo município. Tudo porque a empresa "Aurélio Martins Sobreiro & Filhos, S.A.", de Viana do Castelo, a quem foi adjudicada, em Outubro de 2010, a empreitada por cerca de 2 milhões e 225 mil euros pediu a insolvência, já decretada pelo tribunal, estando agendada para 9 de Janeiro a primeira assembleia de credores. O presidente da autarquia, Corvêlo de Sousa (PSD), disse a O MIRANTE, no início da passada semana, que ia até Viana do Castelo reunir com responsáveis da empresa para tentar encontrar uma solução, uma vez que se trata de uma obra que conta com o apoio do QREN - Quadro de Referência Estratégico Nacional, no âmbito do PIVUT e tem de respeitar os prazos traçados para serem garantidos os fundos comunitários. A obra decorre no âmbito do Programa Integrado de Valorização Urbana de Tomar e da Rota dos Mosteiros Património da HumanidadeEm causa está uma vasta obra que pretende "mudar por completo a face da envolvente do monumento" e que envolveu ainda um conjunto de expropriações que estão a ser negociadas com os proprietários dos terrenos. A empreitada prevê, entre outros aspectos, a criação de dois parques de estacionamento, a construção de uma cafetaria e a recuperação das calçadas de acesso ao monumento, através de um passeio ao longo de todo o lado direito de quem sobe, permitindo que se aprecie a vista sobre a cidade. De acordo com a rádio Geice, de Viana do Castelo, a empresa terá alegado "falta de liquidez" financeira para avançar com o pedido de insolvência. Apesar de ter vários milhões de euros de obras em carteira, esta empresa é também credora, nomeadamente do Estado. A mesma rádio adianta que os salários de Setembro e o subsídio de férias não foram pagos, pelo que os trabalhadores vão agora começar a pedir a rescisão do contrato ao abrigo dos salários em atraso de forma a poderem receber, o mais depressa possível, o subsídio de desemprego. Em causa estão quase 300 postos de trabalho.Apesar dos ordenados em atraso, alguns funcionários da empresa vianense mantêm-se no local, sendo visíveis avanços na repavimentação do principal acesso ao monumento Património da Humanidade. A construção da nova cafetaria e respectivos sanitários foi entregue a um subempreiteiro, mas a maioria das máquinas está parada ou até foi retirada do local. Por exemplo, na polémica zona onde foi destruído parte do alambor templário tudo se mantém inalterável desde há duas semanas. O MIRANTE enviou um pedido de esclarecimentos à empresa "Aurélio Martins Sobreiro & Filhos SA", mas não obteve resposta até ao fecho desta edição.

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