Sociedade | 31-12-2011 09:04

Liquidação da TNC deveu-se à falta de vontades

A presidente da Câmara de Vila Franca de Xira lamentou a liquidação da TNC votada pelos credores e acrescentou que o desfecho "expectável" se deveu à "falta de vontades" desde o início do processo."Lamentamos bastante a decisão do tribunal. Não é este o tratamento que o país precisa por parte dos seus responsáveis. São dispensados mais de uma centena de trabalhadores que precisam é de trabalho e não de desemprego", afirmou à Lusa Maria da Luz Rosinha.A autarca elogiou o trabalho do sindicato e defendeu a revisão do papel dos administradores de insolvência. "Devem ter uma atitude proactiva e encontrar soluções para a não insolvência, e não o contrário. Houve, desde o início, uma falta de vontades em manter a empresa a laborar e os postos de trabalho", acusou a presidente.Maria da Luz Rosinha acredita que muitos dos 125 trabalhadores, por serem "pessoas válidas e qualificadas", vão conseguir emprego em outras empresas do ramo, mas ressalva que a maioria dos administrativos é do concelho e esses é que "terão mais dificuldade em arranjar trabalho".A empresa TNC, em processo de insolvência, foi liquidada depois de o plano de viabilização apresentado pelos trabalhadores ter sido recusado pela maioria dos credores.Na decisão do Tribunal do Comércio de Lisboa, a que a Agência Lusa teve acesso, a juíza sustenta a liquidação da empresa com o facto de o plano de viabilização "não ter recolhido mais de dois terços da totalidade dos votos na assembleia de credores", obrigatórios para que fosse aprovado.Há cinco meses que os 125 trabalhadores da Transportadora Nacional de Camionagem (TNC) lutavam pelo emprego. Nesse período reuniram-se várias vezes no Ministério da Economia e efectuaram seis marchas lentas em direcção a Lisboa, cinco delas até ao Campus da Justiça, onde chegaram a pernoitar no interior dos camiões.

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