Sociedade | 19-03-2012 13:30

A festa brava em Vila Franca de Xira tem que ser reinventada

A festa brava em Vila Franca de Xira tem que ser reinventada
A festa dos toiros em Vila Franca de Xira tem que inovar para atrair novos públicos, tal como se fez no século passado. A ideia foi defendida pelo novo presidente da Associação de Comércio, Indústria e Serviços dos concelhos de Vila Franca de Xira e Arruda dos Vinhos (ACIS), Carlos Monteiro, durante um debate sobre tauromaquia intitulado “Vila Franca: terra de toiros e toureiros?”, que decorreu na noite de quinta-feira, 15 de Março, no auditório da Junta de Freguesia de Vila Franca de Xira, organizada pelo PSD. Carlos Monteiro admite que o grande problema foi Vila Franca de Xira ter parado no tempo enquanto que outros concelhos copiaram o modelo. Uma ideia partilhada por Luís Capucha que lembra que nos concelhos vizinhos de Azambuja e Benavente a festa é replicada com sucesso.O presidente da ACIS defende que a criação de novos motivos de atracção na festa é o grande desafio que se coloca à tauromaquia em Vila Franca de Xira. A comemoração dos 800 anos do foral, sublinha, pode ser pretexto para isso mesmo. “E porque não voltar a ter o toiro à corda, a sorte de cadeira e o salto de vara nas corridas como no passado? Não vale a pena tentar os toiros com espuma porque em Espanha já experimentaram e não resultou”, desafia. “O comércio vai ajudar se tirar dividendos disso”, avisa.Carlos Monteiro considera que os vilafranquenses não souberam integrar os imigrantes na festa, como os brasileiros, e estes acabaram por criar festas palalelas que motivaram confusões e levaram alguns comerciantes a querer fechar portas nesses dias. “Há um trabalho gigantesco a fazer. Há comerciantes que no Colete Encarnado saem o fim de semana. Temos que levar as pessoas a querer abrir as ports nestes dias”, propõe. Carlos Monteiro avisa ainda que uma festa como o Colete Encarnado não pode ser preparada apenas alguns meses antes mas com um ano de antecedência.O crítico taurino João Mascarenhas lamenta que a festa em Vila Franca de Xira esteja cada vez mais descaracterizada e que a cidade não saiba aproveitar as condições naturais de que dispõe. João Mascarenhas recorda os restaurantes típicos como o Maioral, o Paramês, o Zé dos Frangos e o Tareco que através da gastronomia ajudavam a promover a festa. “Costumávamos trazer ganaderos à Estalagem da Lezíria e do Gabo Bravo. Tudo isso acabou”, lamenta. Acabaram também os barretes verdes, os capotes da Casa Patrício, os sapatos de prateleira e os fatos curtos bem como a caldeirada e ensopado de enguias com folhas de louro. “Vinham barcos do Montijo”, recorda.Reportagem completa na próxima edição.

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