Sociedade | 24-01-2013 17:02

Tribunal de Benavente condena homem a 20 anos de prisão por degolar a mulher

Tribunal de Benavente condena homem a 20 anos de prisão por degolar a mulher
O guineense Bouna Sackho que estava acusado de ter degolado a esposa Helmina Biem no dia 11 de Setembro do ano passado, em Samora Correia, foi condenado esta quinta-feira, 24 de Janeiro, a 20 anos de prisão efectiva, na repetição do julgamento. Bouna Sackho terá ainda de pagar uma indemnização de 170 mil euros à mãe da vítima. Recorde-se que o julgamento do arguido teve de ser repetido quando o novo advogado queria recorrer da decisão para o Tribunal da Relação de Lisboa, mas não conseguiu ouvir algumas das declarações do arguido e das testemunhas que estavam imperceptíveis.Bouno Sackho apresentou no novo julgamento uma versão diferente dos acontecimentos. O arguido revelou que a discussão e as agressões começaram depois de ter encontrado a esposa na cama com outro homem. Uma versão que não convenceu o colectivo de juízes. “O tribunal ficou muito mal impressionado. O senhor teve uma segunda oportunidade para se redimir, mas escolheu o caminho de agressão ao mais fraco. Ofendeu a memória da sua esposa, falou de infidelidade, de perseguição, o que não é verdade. Tem de perceber que ela foi uma vítima sua, não um azar”, apontou o presidente do colectivo de juízes.O tribunal deu como provado que Bouno Sackho é que pegou numa faca de 33 centímetros e desferiu diversos golpes na esposa Helmina Biem, de 23 anos, que se encontrava nua no quarto do casal. Helmina Biem ainda se tentou defender, colocando as mãos à frente do corpo. O tribunal considerou que o arguido deixou a esposa a agonizar, sem nada fazer, e só duas horas após o crime é que desferiu um golpe em si próprio, tendo pedido depois ajuda aos vizinhos.“Os golpes repetidos no pescoço, o modo de execução, a intensidade usada, o não ter procurado qualquer ajuda para a vítima, o não ter manifestado qualquer arrependimento, o admitir apenas o que não pode negar, não pode deixar de nos impressionar”, acrescentou o presidente do colectivo de juízes.Bouna Sackho tinha sido condenado, em 12 de Julho de 2012, a 19 anos de prisão efectiva, a uma pena acessória de expulsão de Portugal válida por dez anos, após o cumprimento da pena de prisão e ao pagamento de uma indemnização de 180 mil euros à mãe da vítima. A advogada de defesa, Ana Casquinha, vai ainda analisar o acórdão para resolver se recorre ou não, mostrando-se insatisfeita por o colectivo de juízes não ter condenado novamente o arguido à expulsão do país.

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