Sociedade | 26-01-2013 00:20

Moradores despejados passam noite e fim-de-semana em frente à câmara

Moradores despejados passam noite e fim-de-semana em frente à câmara
A presidente da Câmara de Vila Franca de Xira comunicou ao final da tarde desta sexta-feira, 25 de Janeiro, à saída dos Paços do Concelho, que a autarquia não tem possibilidade de disponibilizar uma habitação aos moradores do lote 1 do Bloco B da rua de Quinta de Santo Amaro, na zona da encosta do Monte Gordo, esta manhã despejados das suas habitações por razões de segurança, principalmente em relação a uma família de sete elementos. Um desses elementos dirigiu-se mesmo à autarca à saída da câmara para a acusar de estar a abandonar pessoas que se tinha comprometido a ajudar. Rosinha seguiu até ao carro que estava a poucos metros na companhia dos moradores, que lhe diziam que enquanto esta iria descansada para casa, enquanto eles ficavam na rua, mas não se registaram problemas nem os três agentes da PSP presentes tiveram de agir, apenas acompanhando a edil até à viatura. Momentos antes e dirigindo-se aos jornalistas ainda presentes no local, numa declaração sem direito a perguntas no átrio de entrada do edifício municipal, Maria da Luz Rosinha referiu que as três famílias que permaneceram no prédio que se encontra em risco de ruir devido à pressão do bloco ao lado, desabitado, sabiam desde Outubro de 2012 que era intenção da autarquia de que as famílias saíssem. “Propusemos três habitações alternativas que uma das famílias não aceitou que e são as que temos. São habitações melhores que as que têm porque são seguras. A nossa preocupação é a segurança física das pessoas e temos procurado uma solução. Atribuir uma casa igual à que eles têm não é possível, porque nós não a temos”, afirmou Maria da Luz Rosinha. A família Barros, composta por sete elementos, habitava o 6.º esquerdo do dito prédio, que se encontra selado. Depois do almoço a família abancou junto ao pelourinho à espera de notícias de uma reunião acordada com a autarca e com o seu advogado. As negociações prolongaram-se por mais de duas horas. Os moradores assentaram mesa, cadeiras, malas de viagem e acenderam velas, além de exporem de uma faixa com a mensagem escrita: “exigimos respeito”. Já de noite, quiseram ainda erguer tendas mas a PSP não permitiu. Muito perto da meia-noite desta sexta-feira mantinham-se no local, protegidos com roupas e cobertores e chapéus de chuva. “Vamos manter-nos aqui o fim de semana e segunda-feira de manhã cá estaremos para voltar a protestar”, garantia Maria Antonieta Barros, não acreditando na sinceridade manifestada pela autarca em relação à retirada e segurança das pessoas.

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