Sociedade | 05-10-2013 00:41

Trabalhadores da Lusofane protestam contra o desmantelamento da empresa

Os trabalhadores Lusofane, no concelho do Cartaxo, concentraram-se esta sexta-feira, 4 de Outubro, em frente à empresa para alertar o maior credor, a Caixa Geral de Depósitos, a garantir a continuidade da empresa através da venda a um investidor interessado.“Os trabalhadores estão aqui numa tentativa de sensibilização do maior credor [a Caixa Geral Depósitos] para apoiar a continuidade da empresa porque existe um proposta de um investidor interessado em comprar”, explicou à agência Lusa Maria de Jesus Costa, representante dos trabalhadores na Comissão de Credores.A empresa de tubos de plástico, situada na Estrada Nacional 3 em Vila Chã de Ourique, no concelho do Cartaxo, está em processo de insolvência e encerrada desde Junho deste ano, deixando no desemprego 40 trabalhadores.A fábrica já foi colocada à venda, em hasta pública, pelo valor de 3,5 milhões de euros, mas, segundo os trabalhadores “não apareceram interessados na aquisição da unidade na sua totalidade, mas apenas investidores interessados em alguns equipamentos”.Os trabalhadores têm-se batido pelo não desmantelamento da empresa por acreditarem “na viabilidade da fábrica que dentro da conjuntura nacional seria menos uma indústria a fechar e postos de trabalho que se manteriam”, alegou Maria de Jesus Costa.Uma hipótese que os trabalhadores consideram agora ser possível devido do surgimento de um potencial interessado em comprar a empresa cujas dívidas ascendem a 14 milhões de euros, dos quais cerca de quatro milhões à Caixa Geral de Depósitos e cerca de 800 mil euros aos funcionários.“Na próxima semana haverá uma reunião da comissão de credores e é importante sensibilizar a Caixa [Geral de Depósitos] para, como presidente da comissão de credores e como maior credor, apoiar uma solução que não passe pelo desmantelamento e sim pela venda na totalidade”, sublinhou a representante dos trabalhadores.A Lusofane, SA, foi pioneira na produção de tubagens e Portugal e operava no mercado nacional há cerca de 65 anos, tendo pertencido ao grupo CUF e posteriormente à Quimigal.O processo de insolvência foi apresentado pela administração da empresa em Dezembro do ano passado mas Maria de Jesus Costa considerou que “é possível voltar a pôr a unidade a trabalhar e repor alguns postos de trabalho”.

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