O homem de 58 anos baleado no dia 4 de Janeiro de 2012 em Azeitada, concelho de Almeirim, foi uma das vítimas de dois grupos considerados violentos. Que segundo a Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) não se importava de tirar a vida a quem resistisse aos assaltos.Segundo a acusação do caso que está para julgamento no Tribunal de Alenquer só no assalto de Almeirim levaram cinco mil euros em ouro. O dono da casa tentou chegar a uma caçadeira para se defender e foi atingido com dois tiros, um no abdómen e outro na nuca, tendo conseguido salvar-se. A sua mulher foi agredida a murro e pontapé até dizer onde tinha o ouro.Segundo o processo, a actividade criminosa dos nove elementos dos dois grupos começou a meio de 2010. Seis deles estão em prisão preventiva. Há mais uma arguida acusada de receptação por ter ficado com um artigo roubado.A investigação concluiu que depois de o "Grupo do Carregado", constituído por elementos residentes nesta localidade, ter conhecido o "Grupo do Prior Velho" (Lisboa) fizeram uma aliança com tarefas bem definidas. Os elementos do Carregado investigavam e vigiavam as vítimas e os do Prior Velho encarregavam-se da parte operacional dos assaltos.Para o DCIAP os arguidos colocaram em causa de forma extremamente grave bens jurídicos como a vida e a integridade física, "demonstrando desprezo por tais valores". O processo foi entregue pessoalmente pelo juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal, Carlos Alexandre, no Tribunal de Santarém para julgamento. Este remeteu-o para o Tribunal de Almeirim por ter sido a comarca onde ocorreu o crime mais grave que por sua vez o enviou para Alenquer onde agora vai decorrer o julgamento, para o qual foram arroladas 48 testemunhas. Todos os arguidos estão acusados de crimes de roubo qualificado e ofensas à integridade física qualificada. Alguns respondem também por homicídio na forma tentada e detenção de arma proibida. * Notícia completa na edição semanal de O MIRANTE.