Sociedade | 09-03-2014 17:17

Cidade indonésia planeia construção de santuário de Fátima

A diocese e a regência de Larantuca, na ilha indonésia das Flores, planeiam construir em 2014 um santuário que sirva de local de peregrinação e que faça de Larantuca uma “cidade de Maria”, tal como a localidade portuguesa de Fátima, afirmou à Lusa o bispo local.Inspirado no acordo de geminação de cidades assinado em 2011 entre Larantuca e Ourém, D. Franciscus Kopong Kung espera que as duas localidades sejam conhecidas pelo elemento que as une, Maria.O bispo da capital da regência de Flores Oriental quer que Larantuca se torne no centro da Igreja Católica “não apenas na Ásia, mas também à volta, porque”, frisa, “para além de Fátima, temos Larantuca como um dos locais de peregrinação do mundo “.A “pequena capela”, que o responsável da diocese de Larantuca assegura ser possível concluir “em apenas um ano”, terá cerca de 100 lugares, mas, à semelhança da Capelinha das Aparições, no Santuário de Fátima, terá uma área aberta circundante capaz de acolher “mais de mil” pessoas.Frisando que o foco não está somente no turismo, mas sobretudo na fé, D. Franciscus Kopong Kung deseja que a capela se torne num local de peregrinação durante todo o ano e “não apenas na Semana Santa”, altura em que a cidade atrai milhares de turistas.O santuário ficará localizado na montanha, alcançável andando 15 minutos desde o centro da cidade, terá missas e confissões regulares e ao lado será construído um convento, segundo o sacerdote.A capela não irá acolher a imagem de Maria oferecida em 2011 pelo bispo de Fátima e que se encontra na catedral de Larantuca devido ao tamanho, daí que o presbítero pretenda solicitar uma imagem maior a Portugal.O regente das Flores Oriental, Joseph Lagadoni Herin, destaca que a construção da “capela de Fátima em Larantuca” insere-se no acordo com Ourém, por isso espera convidar o presidente da Câmara Municipal de Ourém, Paulo Fonseca, para o lançamento da primeira pedra.No âmbito do acordo com Ourém, uma delegação de Flores Oriental deslocou-se a Portugal em 2012, altura em que dois investidores que acompanharam a comitiva mostraram interesse em aprender a “desenvolver 'souvenirs' feitos à mão relacionados com a religião” e ainda em aprender a fazer azeite, acrescenta.“Nós temos uma relação emocional com Portugal. A herança aqui é de Portugal. Já fizemos uma cooperação para as cidades geminadas (...) Espero que possamos ajudar-nos mutuamente para desenvolver os nossos países, especialmente entre Ourém/Fátima e Larantuca”, realça Joseph Lagadoni Herin.O acordo de geminação prevê, para além de cooperação no turismo religioso e na economia, a promoção de intercâmbios na área da educação, com oferta de bolsas de estudo, e de pesquisas conjuntas sobre a cultura e a história que une as duas regiões.Na capital da regência de Flores Oriental existem 254958 católicos, o que corresponde a cerca de 85 por cento da população, segundo o bispo, que partilha o nome com o Papa e que gostaria de ver o responsável máximo da Igreja Católica na sua diocese.

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