Luís Bento nunca pensou que a rotura de ligamentos que fez no joelho esquerdo se tornasse num processo tão longo e complicado. No dia 10 de Julho de 2014, data do seu aniversário, deslocou-se ao Hospital Distrital de Santarém, com dores "insuportáveis" depois de no dia anterior se ter lesionado durante um jogo de futebol com amigos. O ortopedista confirmou a rotura de ligamentos e mandou Luís Bento fazer uma ressonância magnética, que só conseguiu seis meses depois. "Tive que ficar em lista de espera porque este exame no privado é muito caro", explicou o desempregado de Alpiarça, de 42 anos.Já com o exame, voltou ao Hospital de Santarém onde o médico confirmou o diagnóstico e explicou que Luís tinha que ser operado. Foi novamente para a lista de espera. Um mês depois de se ter inscrito recebe uma carta do hospital a explicar que não iam conseguir operá-lo nos próximos nove meses e que, ao abrigo de um protocolo que o Hospital de Santarém tem, o paciente pôde escolher entre três hospitais privados onde seria operado. Luís Bento escolheu o Hospital Saint Louis, em Lisboa, mas só conseguiu ser operado no dia 22 de Junho deste ano, mais de 11 meses depois da lesão.Teve alta a 24 de Junho e desde essa altura que esteve à espera que lhe passassem a baixa médica necessária para entregar no curso do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) que frequenta, para poder justificar as faltas que deu na sequência da operação. O problema é que nenhum médico lhe quis passar a baixa durante um mês. O médico do Hospital Saint Louis, que lhe deu alta, explicou que teria que ser a médica de família a tratar da baixa médica e dos papéis para realizar a fisioterapia, que também ainda não iniciou. "Quando fui à médica de família, ela disse-me que eu tinha que ir ao Hospital de Santarém porque o processo não tinha sido tratado no Centro de Saúde de Alpiarça", explicou Luís a O MIRANTE.* Notícia completa na edição semanal de O MIRANTE.