Sociedade | 01-11-2015 01:15

A professora de Artes que não queria ser reformada

A professora de Artes que não queria ser reformada

Emília Palhinha leccionou durante três décadas no Cartaxo, onde inaugurou este mês uma exposição de pintura no Centro Cultural. Oriunda do Alentejo, já adoptou a cidade ribatejana como sua.

O convite para a mais recente exposição de pintura de Emília Palhinha no Cartaxo surgiu depois de ter ultrapassado um cancro do pulmão e uma fase menos positiva da sua vida. O conjunto de 16 quadros está em exposição até 29 de Novembro no Centro Cultural do Cartaxo. Emília Palhinha nasceu em Évora mas vive no Cartaxo há mais de 40 anos, tendo já adoptado a cidade ribatejana como sua, embora não esqueça as suas raízes alentejanas. No entanto, confessa que a fase de adaptação não foi fácil. "Vivi em Évora, Lisboa e Leiria antes de vir para o Cartaxo. São cidades movimentadas e no Cartaxo não se passava nada. Ia ao café e não era muito habitual as mulheres irem ao café… E quando iam estavam num lado e os homens no outro. Eu e o meu marido na altura sentávamo-nos ao meio, o que era estranho para todos", recorda.Apesar dessas características locais, garante que foi sempre muito "amada, acarinhada e apaparicada" pelas pessoas do Cartaxo, sobretudo pela comunidade escolar. Maria Emília Palhinha, que prefere não revelar a sua idade, foi professora de Artes na Escola Secundária do Cartaxo durante cerca de três décadas. Na escola há uma sala com o seu nome em homenagem a tudo o que deu aquele estabelecimento de ensino. Lamenta ter deixado de dar aulas e critica que os professores não possam leccionar até aos 70 anos. Emília Palhinha sentia-se com capacidades para o fazer. Também dá aulas na Universidade Sénior do concelho mas garante que quer cortar o "cordão umbilical" com o ensino. Sabe que vai ser difícil mas é um passo que pretende dar em breve.* NOTÍCIA DESENVOLVIDA NA EDIÇÃO SEMANAL

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