Sociedade | 09-11-2015 18:21

65 mil pessoas não têm médico de família em Vila Franca de Xira

65 mil pessoas não têm médico de família em Vila Franca de Xira
São já 65 mil as pessoas que, no concelho de Vila Franca de Xira, não têm médico de família e são obrigadas a ir às urgências do hospital ou a procurar consultas de recurso. É o equivalente a quase metade da população que vive naquele concelho ribatejano, que se aproxima dos 137 mil habitantes. Os números foram avançados por Maria José Lourenço, enfermeira directora do Hospital de Vila Franca de Xira, durante um seminário realizado no Museu do Neo-Realismo dedicado aos desafios da terceira idade. A freguesia mais afectada pela falta de médicos continua a ser a sede do concelho.Isto apesar de, em Setembro, os centros de saúde de Vila Franca de Xira e Forte da Casa, onde funcionam Unidades de Saúde Familiar (USF), terem sido escolhidas por quatro médicos, que se candidataram aos lugares abertos pela Administração Regional de Saúde e que entraram ao serviço. Tal como O MIRANTE noticiara, os especialistas em medicina geral e familiar terão optado por esses dois centros de saúde devido à existência de Unidades de Saúde Familiar, estruturas com condições remuneratórias mais atractivas e definições de objectivos e de progressão na carreira mais estimulantes que nos centros de saúde regulares. Vão iniciar funções dois médicos em Vila Franca e outros dois médicos no Forte da Casa.Segundo informou a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo em comunicado, são ao todo 88 novos médicos que naquele mês começaram a prestar serviço na região, cinco dos quais candidatando-se a vagas no Agrupamento de Centros de Saúde do Estuário do Tejo, onde se incluem os concelhos de Alenquer, Arruda dos Vinhos, Azambuja e Benavente. O quinto médico foi colocado no centro de saúde de Alenquer. Azambuja e Benavente continuam à espera.A falta de médicos tem provocado situações de verdadeiro caos em centros de saúde um pouco por toda a área de influência do nosso jornal, com destaque para Alverca, onde as filas para atendimento começam antes do nascer do sol. Alberto Mesquita, presidente da câmara vilafranquense, já tinha dito no início do ano que este é um problema "delicado" e um "flagelo" que precisa de ser olhado com responsabilidade pelo Estado.

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