Ministério do Ambiente, GNR, Município de Torres Novas e Águas do Ribatejo vão continuar a combater a poluição do rio Almonda com acções detecção, denúncia e punição nos causadores da poluição da Bacia do Almonda e da Zona de Protecção do Paul do Boquilobo. Já foram realizadas acções de fiscalização este ano, pela GNR, técnicos da ARH e APA que determinaram a suspensão da licença de descarga de efluentes industriais da empresa Fabrióleo _ Fábrica de Óleos Vegetais, devido à poluição detectada no ribeiro do Serradinho, afluente do rio Almonda. A empresa viu-se obrigada pela APA a proceder à instalação de nova tubagem à superfície entre a caixa de visita à saída da ETAR e o ponto de descarga na linha de água, bem como à desactivação do órgão de descarga existente.As acções de inspecção em curso visam identificar as fontes de poluição que tanto têm degradado a qualidade do rio. As autoridades têm contado com o apoio de cidadãos empenhados que integram o movimento "Vamos Salvar o Almonda" que tem desenvolvido acções de vigilância, fiscalização e de limpeza dos cursos de água num trabalho considerado meritório por todas as entidades envolvidas. Neste momento estão em curso vários autos de contra-ordenação e já existiram empresas condenadas ao pagamento de avultadas coimas por "infracções graves".Pedro Ferreira, presidente da Câmara de Torres Novas e vogal do conselho de administração da Águas do Ribatejo destaca as melhorias verificadas com a entrada dos modernos sistemas de tratamento de águas residuais de Riachos e Torres Novas com um investimento de 8 milhões de euros. "Estes sistemas permitem tratar a água e devolvê-la ao rio com elevada qualidade, como atestam as análises, contribuindo para uma maior sustentabilidade ambiental de toda a bacia do Almonda". O autarca salienta contudo que continuam a existir descargas ilegais nas redes de saneamento, que não estão preparadas para todo o tipo de efluente, e directamente nas linhas de água que desaguam no Rio Almonda.* Notícia na edição semanal de O Mirante