Sociedade | 20-11-2015 16:36

Rio Tejo está doente porque é vítima de mais conversa do que acção

Rio Tejo está doente porque é vítima de mais conversa do que acção
O rio Tejo está doente porque há mais conversa do que acção real para o salvar. Criar um movimento nacional em defesa da sua navegabilidade, desenvolver uma associação que promova o potencial turístico do rio e desenvolver um plano “sério e integrado” que defina uma estratégia concreta para salvar o rio e o coloque de novo no topo da agenda política são as principais conclusões da primeira conferência da navegabilidade no Tejo.A concretização destes objectivos é algo “inadiável”, defendeu Carlos Salgado, presidente da Tagus Vivan, associação que, em parceria com o município de Vila Franca de Xira, promoveu a primeira de três conferências preparatórias para o terceiro congresso do Tejo, previsto para Outubro do próximo ano.Carlos Salgado lançou o desafio aos poderes políticos: criar um canal navegável desde a foz à fronteira portuguesa. “Mas admito que uma obra como esta teria custos consideráveis e carece de um estudo sério que permita avaliar a sua relação custo-benefício”, notou, apesar de considerar que “tecnicamente não é impossível”. O responsável lamenta que muitos troços estejam fortemente assoreados, como o troço entre a foz e Valada, entre Vila Nova da Barquinha e Constância e nas zonas das albufeiras de Belver, Fratel e Tejo Internacional.A falta de rampas públicas de acesso ao rio também mereceram as críticas dos participantes. Os poucos exemplos positivos estão no concelho de Vila Franca de Xira, na Póvoa de Santa Iria e em Alhandra.“Quem quiser largar um barco na água em Lisboa só pode fazê-lo aqui, a maioria das rampas é privada ou de instituições que não as abrem ao público”, lamentou Antero dos Santos, dirigente da Federação Portuguesa de Vela.O rio está “dramaticamente” assoreado, tem sido vítima de poluição crescente, estrangulamento de caudais por parte da vizinhança espanhola e tem perdido a um ritmo “alarmante” a fauna e flora das suas marachas, devido à pressão da agricultura e desconhecimento dos próprios agricultores. Também a flora existente, como os peixes, estão a desaparecer, alertaram os interlocutores.* Notícia desenvolvida na edição semanal de O MIRANTE

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