Sociedade | 16-03-2016 18:09

Câmara de Torres Novas avança com estacionamento pago no centro da cidade

A oposição na Câmara de Torres Novas considera que a decisão da maioria socialista em implementar estacionamento tarifado no centro histórico da cidade é uma forma de rentabilizar o Almonda Parque, zona de estacionamento subterrâneo que a autarquia passou a gerir na sequência de um acordo com o Grupo Lena, que o construiu e explorou até ao ano passado com fracos resultados.O estacionamento tarifado à superfície vai abranger a Praça 5 de Outubro, Largo dos Combatentes, uma parte da rua Miguel Bombarda e o Largo Dom Diogo de Almeida, numa zona próxima do Almonda Parque, onde o estacionamento actualmente é gratuito mas vai voltar a ser pago. A proposta foi aprovada na reunião privada de 15 de Março apenas com os votos favoráveis do PS, tendo o vereador do PSD optado pela abstenção e as vereadoras do BE e da CDU vota contra.Segundo a proposta do PS, esta medida visa permitir a rotatividade regular no acesso ao parqueamento de superficie através da taxação da zona. Ao mesmo tempo pretende direccionar para o Almonda Parque os utilizadores que pretendam permanecer na zona por um período mais alargado, disponibilizando mais lugares a quem queira aceder ao centro histórico. O número de lugares a taxar será de 51, podendo chegar aos 55 com a criação de novas marcações.Em comunicado, a CDU foi a primeira força política a manifestar-se contra a proposta que merece o seu "repúdio total" e diz ser uma consequência do negócio ruinoso do Almonda Parque. "Lembramos que a CDU propôs que o estacionamento fosse gratuito, uma vez que os torrejanos já vão pagar através dos impostos os cerca de 2 milhões de euros (pelo acordo do Almonda Parque). Lembramos ainda que esta proposta foi recusada por PSD/PS/BE", acrescenta a CDU.Já o vereador do PSD, Henrique Reis, na sua declaração de voto, diz que "antevendo uma parca receita no parque de estacionamento Almonda Parque, por parte da câmara municipal, haverá aqui já a preocupação de garantir receitas para o município". E explica o seu raciocínio: "Assim, taxando-se os lugares no centro da cidade, o automobilista não tem alternativa: ou paga no subterrâneo ou paga nos lugares à superfície. E, a este respeito, a medida em causa não visa claramente a resolução de um problema do munícipe, mas antes um problema de solvência financeira municipal".

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