Sociedade | 16-03-2016 00:14

Obras na Segurança Social de Vila Franca de Xira só com trabalhadores fora do edifício

O presidente da Câmara de Vila Franca de Xira diz-se "muito preocupado" com o facto da Segurança Social não pensar mudar de instalações na cidade e defende que as obras prometidas, a concretizarem-se, não devem ocorrer enquanto os trabalhadores estiverem ao serviço.Falando à margem da última reunião de câmara, o autarca confessou a O MIRANTE estar "muito preocupado" com o factor psicológico dos trabalhadores e, apesar de reconhecer "uma boa notícia" nos resultados das análises do Instituto Ricardo Jorge _ que descartou a existência de amianto ou outros materiais cancerígenos no edifício _ volta a defender que o melhor para todos era a mudança de instalações."Há factores psicológicos naquelas instalações que não conseguimos resolver. Podemos apresentar muitos relatórios e estudos mas há factores que não se medem, como a tranquilidade das pessoas. A tranquilidade dos funcionários só seria plena se mudassem de instalações", refere.O autarca garante que o município tem acompanhado o problema e mostrado a sua total disponibilidade para encontrar soluções, dentro das suas capacidades. "A Segurança Social vai fazer obras, não me parece que elas possam ser executadas com as pessoas a trabalhar naquele espaço", lamenta. Recorde-se que a Segurança Social já tinha avisado que só mudaria de instalações caso as análises do Instituto Ricardo Jorge detectassem amianto. Por isso já anunciou um conjunto de obras de melhoramento que devem arrancar até ao final de Março. Entre elas está a remodelação e reparação dos aparelhos de tratamento de ar, eliminação de excesso de papel, substituição de tectos falsos, pintura de paredes e reparação de partes degradadas do chão. O Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas congratula-se com o resultado dos testes mas garante que a permanência dos trabalhadores naquelas instalações não lhes traz tranquilidade e promete lutar pela mudança para instalações mais dignas. As instalações são suspeitas de estarem na origem de mais de uma dezena de problemas oncológicos e respiratórios numa dezena de funcionários ao longo dos anos. Trabalham naquele espaço 45 pessoas. Na terça-feira, 1 de Março, os funcionários daquela unidade realizaram greve por terem chegado "ao seu limite". As antigas instalações do Hospital de Vila Franca de Xira chegaram a ser apontadas como possível local para acolher os serviços daquela unidade.

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