Sociedade | 09-04-2016 01:08

Presidente de Azambuja revoltado com actuação da ASAE

Luís de Sousa critica fiscalização de parques infantis e diz que com as multas estão a "roubar" o dinheiro para a recuperação dos equipamentos.

O presidente da Câmara de Azambuja está revoltado com a actuação da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), que tem vindo a multar o município por causa da falta de condições dos parques infantis do concelho. Luís de Sousa diz que se trata de um "roubo" e considera que a autoridade devia ter uma postura mais preventiva e de tentativa de resolução das situações, em vez de actuar pela repressão pura e dura, salientando que as multas de valores avultados só dificultam mais a recuperação dos equipamentos. Para Luís de Sousa as multas que a ASAE tem vindo a aplicar à autarquia representam uma lógica de o "Estado andar a tirar dinheiro ao Estado". "Vivemos com dificuldades e o Estado ainda nos anda a roubar", sublinha o autarca, reforçando que está "revoltado com a situação". O presidente refere ainda, em declarações a O MIRANTE, que vê situações que não são resolvidas em outros concelhos, em que "existem parques infantis a meio metro de estradas e que não são encerrados". O autarca sublinha que os parques infantis de Azambuja estão "todos encerrados" e que não é fácil fazer a sua recuperação, devido a dificuldades financeiras, que se agravam com as multas da ASAE. "Levam-nos nos processos de contra-ordenação o dinheiro que podia servir para recuperar os equipamentos", desabafa o autarca. Luís de Sousa explica que recentemente teve de pagar uma multa de cerca de 10 mil euros referente à fiscalização de um parque e que já recebeu outra contra-ordenação em que a multa pode chegar aos 30 mil euros. Para já, refere o autarca, a câmara está a tentar arranjar patrocínios para a recuperação dos parques. No ano passado O MIRANTE já tinha noticiado que o município está à procura de "padrinhos" que queiram apoiar a remodelação dos 30 parques infantis espalhados pelas sete freguesias do concelho, num valor global que deverá rondar os 245 mil euros. Os aderentes à iniciativa têm, como contrapartidas, a possibilidade de escolher o parque a recuperar e lhe atribuir o cognome, a colocação de uma placa publicitária no local e a divulgação desse apoio nos meios de comunicação do município.

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