Sociedade | 23-05-2016 12:51

“O futuro turístico está nas mãos dos agentes do concelho"

“O futuro turístico está nas mãos dos agentes do concelho"
SANTARÉM
Ceia da Silva (à direita) com Ricardo Gonçalves e Luís Farinha

Presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo esteve em Santarém para apresentar Plano Estratégico de Turismo do concelho.

A Câmara de Santarém pretende aproveitar os fundos comunitários para investir na requalificação da igreja de Santa Iria, na Ribeira de Santarém, a igreja de São João do Alporão e o Convento de Almoster. O objectivo é aumentar a oferta do património cultural do concelho. O presidente do município, Ricardo Gonçalves, refere ainda a necessidade de aproveitar a potencialidade do rio Tejo. O Plano Estratégico de Valorização e Comunicação Turística para o concelho de Santarém, elaborado em parceria com a Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo (ERTAR), foi apresentado na manhã de segunda-feira, 23 de Maio, nos paços do concelho da cidade e contou com a presença do presidente da ERTAR, António Ceia da Silva.

“Até final do ano vamos ter a estruturação dos produtos turísticos e em 2017 o Plano Estratégico já vai estar a funcionar em pleno e será uma mais-valia para a nossa região”, referiu o autarca. Ricardo Gonçalves aproveitou a sessão para deixar críticas ao atraso de “dois anos e meio” na implementação dos fundos comunitários. “O novo quadro comunitário deveria ter arrancado em 2014 mas só agora começam a sair avisos de abertura para os fundos comunitários”, lamentou.

A mesma crítica foi feita por Ceia da Silva que afirmou não querer ser presidente de câmara numa altura destas. “É uma vergonha termos um quadro comunitário, num país com poucos recursos, e mais de dois anos depois ainda não há nada disponível. Não existe qualquer hipótese de fazer obra enquanto não vier o dinheiro dos fundos comunitários”, sublinhou. Ricardo Gonçalves também criticou o facto de durante “meia dúzia de anos” o concelho de Santarém ter passado por três entidades de turismo diferentes, o que na sua opinião é prejudicial para a região. “Não conseguimos vender um produto que está constantemente a mudar de ‘mãos’. Se houver novas mudanças, o trabalho que temos feito será um retrocesso, será um passo atrás, e não conseguiremos recuperar tudo o que já fizemos até agora”, realçou.

Ceia da Silva referiu que a região de Santarém necessita de mais e melhor alojamento e que só assim será possível crescer turisticamente. Também o alojamento já existente tem que ser requalificado. O presidente da ERTAR falou também da importância de criar dinâmicas para aproveitar o rio Tejo. Ceia da Silva mencionou a importância de se criar um projecto sobre os Caminhos de Fátima, à semelhança do que acontece com os Caminhos de Santiago. “Temos que estruturar um projecto para que se façam estes caminhos com regularidade, não pode ser só no 13 de Maio e 13 de Outubro. Os Caminhos de Fátima contam com milhares de peregrinos e não existe uma rota oficial, com percurso adequado”, disse.

O presidente da ERTAR informou também que falta apenas o financiamento comunitário para avançar com a certificação dos restaurantes da região e que a Carta Gastronómica incluirá os restaurantes de todo o Ribatejo, mesmo dos concelhos que não integrar a ERTAR. “O Plano Estratégico para o Turismo do concelho de Santarém está apresentado e é para ser elaborado em oito meses. Agora queremos o contributo dos agentes para que digam e nos ajudem a decidir o que fazer em Santarém. O futuro turístico está nas mãos dos agentes do concelho”, concluiu.

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