Ferraz da Costa pediu ao presidente da AIP uma agenda de crescimento para Portugal
Pedro Ferraz da Costa pediu a José Eduardo Carvalho que, como presidente da AIP, mobilize os empresários para mudar a política de prejuízo que se vive em Portugal desde as últimas três décadas.
O Presidente da Assembleia Geral da Associação Industrial Portuguesa (Câmara de Comércio e Indústria (AIP/CCI), Pedro Ferraz da Costa, pediu ao presidente da Direcção, José Eduardo Carvalho, que crie a curto prazo uma agenda de crescimento para o país. "As empresas são as únicas entidades que poderão conseguir esse milagre para Portugal. Desde a nossa entrada na União Europeia que vivemos de subsídios e de fundos comunitários mas sempre com prejuízo. Está na hora de mobilizar as empresas e os empresários e sensibilizar a opinião pública para a necessidade de exigir mais da classe política”, disse, no final da Assembleia-Geral da associação que reuniu para, entre outros assuntos, aprovar as contas do ano de 2015.
Ferraz da Costa aproveitou a tribuna e a plateia de empresários que compareceram na Assembleia-Geral para se questionar sobre o futuro do país ao nível da criação de novos empregos num mundo que está em permanente mudança. “Ninguém se questiona sobre a nossa falta de rumo, a incapacidade para nos governarmos. Não vai haver uma catástrofe a curto prazo mas daqui a um tempo vamos sentir profundamente esta falta de capacidade politica para nos orientarmos, num mundo em permanente competição e conflito”, adiantou.
Na assembleia geral onde deu conta dos resultados do primeiro ano do seu segundo mandato como presidente da direcção, José Eduardo Carvalho anunciou números na ordem dos 4 milhões de euros na redução de despesas com funcionários, enquanto só no exercício do ano passado os custos da associação baixaram cerca de 20%.
A consolidação da dívida da AIP/CCI já é uma realidade. José Eduardo Carvalho anunciou o acordo com cerca de uma centena de fornecedores salientando o facto de apenas um deles não ter aceitado as condições que a associação propôs.
No balanço deste primeiro ano do novo mandato o presidente da direcção anunciou que cerca de 40% da nova estrutura accionista são novos associados, e que a nova forma de organização da equipa de trabalho da AIP/CCI permitiu libertar espaço no edifício que vai servir para alugar e aumentar as receitas da associação.