Sociedade | 15-08-2016 00:45

Bombeiros não são tão desgraçados como parece

Bombeiros não são tão desgraçados como parece

Excerto da reportagem sobre as ondas de solidariedade e os pagamentos aos bombeiros.

As campanhas de solidariedade que se têm multiplicado nos últimos dias por causa dos incêndios no país, com as pessoas a fornecerem água e alimentos, "podem dar a ideia de que os bombeiros são uns desgraçadinhos" que não têm apoio mas não é bem assim. A posição é do presidente dos Bombeiros Voluntários de Almeirim, Pedro Ribeiro, que têm sido mobilizados para vários incêndios no norte do país.

A Autoridade Nacional de Proteção Civil emitiu um comunicado no qual refere que “as manifestações solidárias e voluntárias de apoio aos bombeiros que se encontram no terreno, são naturalmente sempre complementares a uma estrutura planeada e organizada de apoio logístico”. Mas realça que é garantida a alimentação do pessoal envolvido no combate e que essas “despesas são ressarcidas e pagas mensalmente pela ANPC ao respetivo Corpo de Bombeiros, estando definido um valor de referência para o pequeno-almoço, almoço e jantar, bem como para as refeições de reforço e que intercalam as refeições principais”.

E acrescenta que é garantido ainda pelas Bases de Apoio Logístico situadas ao longo do país, infraestruturas que permitem o apoio também no alojamento e higiene dos operacionais das equipas de reforço mobilizadas de outras zonas, “quer na ida para os teatros de operações, quer no seu regresso, após desmobilização”.

Pedro Ribeiro, que também é presidente da câmara, considera que toda a solidariedade é boa mas que esta devia ser canalizada por exemplo para as campanhas de angariação de fundos das corporações ao longo do ano. E sugere mesmo que a melhor forma de ajudarem os bombeiros é tornarem-se sócios das associações.

Os bombeiros que fazem parte do Dispositivo de Combate a Incêndios Florestai ganham 45 euros por dia, quer estejam a combater incêndios ou não. Há mesmo quem tire férias do emprego para integrar o dispositivo e ganhar um dinheiro extra. A alimentação nas ocorrências é assegurada pelas corporações de bombeiros locais e pelas autarquias e paga pelo Estado.

Durante a época de incêndios a Autoridade Nacional de Protecção Civil assegura o pagamento das despesas com o combate aos fogos. O gasóleo das viaturas, as avarias, os equipamentos, como mangueiras que se estraguem ou queimem, os estragos em acidentes nos teatros de operações, são pagas pelo Estado. Pedro Ribeiro não se queixa destas situações e apenas entende que o valor a pagar aos bombeiros devia ser aumentado mais cinco ou 10 euros.

* Notícia completa na edição semanal de O MIRANTE.

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