Sociedade | 26-10-2016 01:32

Primeiro-Ministro doa espólio do seu pai ao Museu do Neo-Realismo em Vila Franca de Xira

Primeiro-Ministro doa espólio do seu pai ao Museu do Neo-Realismo em Vila Franca de Xira
VILA FRANCA XIRA

António Costa participou na comemoração do 9º aniversário do museu.

O primeiro-ministro, António Costa, e o seu irmão,o jornalista Ricardo Costa, doaram esta terça-feira, 25 de Outubro, o restante espólio do seu pai, o escritor Orlando da Costa, ao Museu do Neo-Realismo em Vila Franca de Xira, numa cerimónia onde se assinalou os nove anos do museu nas novas instalações.

Esta celebração contou também com a doação do espólio literário por parte dos familiares dos escritores neo-realistas Mário Braga e Mário Sacramento.

O presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, Alberto Mesquita, lembrou a importância da instituição sediada em Vila Franca, para o estudo desta vertente artística que surgiu no século XX.

"Neste edifício viu-se reforçar credibilidade e mais uma vez oficializamos a doação de importantes espólios de herdeiros e familiares de importantes figuras que pelo seu trabalho muito deram ao país e cultura”, referiu o autarca.

O primeiro-ministro tomou a palavra e afirmou que o museu em Vila Franca de Xira não só preserva como dá acesso a obras que durante muitos anos estiveram censuradas pelo regime do Estado Novo.

“Quando o museu foi inaugurado o Ricardo Costa e a mãe estiveram aqui onde entregaram o principal espólio da parte criativa do meu pai [Orlando da Costa]. Com o falecimento da mãe do Ricardo entregamos o resto do espólio que fica em boas mãos mas sobretudo fica acessível. O museu do Neo-Realismo tem permitido a preservação dos espólios, desta corrente artística e da divulgação de muitos artistas que durante muitos anos foram silenciados. Quando chegou o 25 de Abril o meu pai tinha toda a obra poética, romances e a peça teatral apreendidos e impedidos de ser publicados. Esta doação é uma forma de assegurar aquilo que foi o trabalho do nosso pai. Daquilo que o influenciou, daquilo que ele escreveu. Que após tantos anos censurado possa finalmente ser conhecido. Foram muitas décadas em silêncio, agora é bom que estas obras possam ser conhecidas”, afirmou.

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