Sociedade | 05-01-2017 00:05

Família do menino que caiu numa fossa recolhe apoios e descarta Segurança Social

Família do menino que caiu numa fossa recolhe apoios e descarta Segurança Social
SOLIDARIEDADE

A criança de Tomar com paralisia cerebral continua em recuperação numa clínica privada em Espinho, paga com donativos.

A família de Santiago Nunes Rodrigues não contacta nem recorre a qualquer serviço da Segurança Social desde 2013. A nova cadeira de rodas da criança de Tomar, que em 2012 caiu numa fossa e sofreu graves lesões cerebrais, foi conseguida através de campanhas de solidariedade. O director distrital da Segurança Social de Santarém, Tiago Leite, confirmou a O MIRANTE que Santiago “não efectuou qualquer solicitação de produto de apoio junto dos serviços”.


Teresa Rodrigues, avó do menino de nove anos que sofre de paralisia cerebral, confirma não ter feito qualquer pedido à Segurança Social por “falta de confiança” nesses serviços. Conta conhecer casos em que a Segurança Social “demorou mais de um ano” a disponibilizar ajuda técnica. A nova cadeira de Santiago - uma vez que a primeira atribuída pela Segurança Social deixou de ser confortável - foi oferecida pela Associação Portuguesa Walferdange.


Por seu lado, Tiago Leite contraria a afirmação da avó de Santiago. O responsável explica “eventuais demoras” com os processos de atribuição “por falta de entrega da documentação necessária”. Para a candidatura, a legislação geral obriga a “prescrição médica indicando a necessidade de ajuda técnica e três orçamentos diferentes”, esclarece.
A família diz que Santiago apresenta um melhor estado clínico desde que iniciou tratamento na clínica privada de Espinho, há quase dois anos. Isto porque o Estado não comparticipa os tratamentos de fisioterapia, terapia da fala e terapia ocupacional. Desde o acidente, “a médica de família prescreveu apenas uma semana de cinesioterapia respiratória”, explica Teresa.


No dia 14 de Maio de 2012, após ter caído dentro de uma fossa séptica, em Vale Carneiro, Tomar, o menino deu entrada no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, onde esteve um mês e treze dias. Actualmente desloca-se de seis em seis meses às consultas de rotina de Neurologia e Pneumologia daquela unidade hospitalar.

* Notícia desenvolvida na edição semanal de O MIRANTE.

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