Governo quer que município comparticipe obras no Mouchão da Póvoa de Santa Iria
Presidente da Câmara de Vila Franca de Xira diz que toda a situação é “infeliz” e confessa uma “frustração completa” no processo.
O Governo e a Câmara de Vila Franca de Xira estão num jogo do empurra para saber quem vai pagar a maioria dos custos com a reparação dos diques do Mouchão da Póvoa, cujos danos podem levar à submersão de parte dessa ilha no Tejo.
O Governo prometeu obras no local financiadas pelo fundo de emergência mas entretanto pediu à câmara que pague a realização de um estudo hidrológico no mouchão e ainda financie 60 por cento da intervenção. O fundo ambiental do Estado pagará os restantes 40 por cento. Mas Alberto Mesquita (PS), presidente da câmara, não se mostra convencido e diz que são necessários mais esclarecimentos da tutela, a começar pela informação clara de quanto poderá custar a intervenção.
“A câmara não pode dar o seu apoio a uma pretensão destas sem saber em concreto quanto é que as obras poderão custar. Pode ser 100 mil euros ou um milhão. Também não poderemos financiar o estudo hidrológico porque da forma como [o mouchão] está alagado a sua morfologia altera-se a cada dia que passa. O urgente é tapar os diques”, lamentou o autarca. Mesquita falava na última reunião pública do executivo, onde confessou a sua “frustração completa” pela forma como as diferentes entidades estatais têm actuado no problema do mouchão. “Estamos perante uma situação muito infeliz”, lamentou.
* Notícia completa na edição semanal de O MIRANTE.