Autarca não crê que possa suceder em Benavente o que aconteceu em Pedrógão
Presidente do município diz que é improvável que um foco de incêndio se desenvolva até atingir as proporções do que deflagrou em Pedrógão.
Na noite de sábado, 17 de Junho, uma trovoada também atingiu Benavente, a poucos minutos do início do desfile das marchas populares. Porém, a trovoada deu lugar à chuva, o que não aconteceu em Pedrógão Grande e nos concelhos circundantes, em que se manteve seca e terá estado na origem do incêndio que rapidamente se tornou o mais trágico da história de Portugal, com 64 mortos e 157 feridos até ao momento. E se em Benavente a trovada também se tivesse mantido seca? Poderia acontecer no município a sul do Tejo o que aconteceu no concelho do distrito de Leiria?
“Não me parece provável”, responde o presidente da Câmara de Benavente, Carlos Coutinho, por inerência responsável máximo pela protecção civil no concelho.
“Aqui não temos os terrenos acidentados como naquela região do país e temos outras condições que nos são favoráveis, como a Companhia das Lezírias, que controla uma dimensão muito grande do território e tem um conjunto de práticas amigas da defesa da floresta, mantendo-a limpa. E não temos a pequena propriedade, que existe mais no centro e norte do país. Quando há terrenos com dois ou três hectares em que as pessoas só lá vão uma vez a cada dez anos cortar a madeira, depois não há uma intervenção de limpeza da mata e de criação dos aceiros e é mais difícil controlar situações como a deste fim-de-semana”.
Carlos Coutinho também rejeita a possibilidade de que algo semelhante ao que aconteceu na Nacional 236 pudesse acontecer nas estradas que levam a Benavente, em especial a Nacional 10
* Notícia completa na edição semanal de O MIRANTE.