Sociedade | 27-06-2017 15:49

Viaturas eléctricas levam cuidados de saúde a população do Médio Tejo

Território com cerca de 250.000 habitantes e taxas elevadas de envelhecimento.

Os 13 municípios da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT) receberam esta terça-feira, 27 de Junho, cada um, uma viatura eléctrica para a prestação de cuidados de saúde junto das populações, num território com cerca de 250.000 habitantes e taxas elevadas de envelhecimento.

A entrega das viaturas seguiu-se a uma cerimónia presidida pelo secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, que contou com a presença dos presidentes de câmara dos 13 concelhos, na qual foram assinados protocolos entre a CIMT, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) e a Unidade Local de Saúde de Castelo Branco (ULSCB), outro entre a CIMT e os 13 municípios e outro ainda com a Mobi.E.

Manuel Delgado saudou o que considerou ser “um momento histórico” a nível nacional, afirmando que a colaboração entre os municípios do Médio Tejo e o Ministério da Saúde “dá um sinal de modernidade”, não só por representar uma “viragem” numa visão muito institucionalizada da saúde, ao permitir a prestação de cuidados junto das populações, como pelo seu caráter “ambientalista” ao apostar em energias limpas.

As viaturas foram adquiridas no âmbito de uma candidatura ao Programa Operacional Regional Centro 2020 liderada pela CIMT, estabelecendo o protocolo hoje celebrado que cabe à ARSLVT e à ULSCB dotar as viaturas com os técnicos e material clínico e médico e suportar os custos com o carregamento das baterias, os pneus e o desgaste provocado pelo uso.

Os municípios assumem os custos com os seguros, tendo a Mobi.E, Mobilidade Eléctrica assumido o compromisso de instalar pelo menos um posto de carregamento rápido em cada um dos 13 concelhos.

O investimento total rondou os 441 mil euros (85% financiado a fundo perdido), com as autarquias a assumirem o valor da componente nacional e a aquisição das baterias.

Maria do Céu Albuquerque, presidente da CIMT e da Câmara de Abrantes, afirmou que a opção pela aquisição das viaturas eléctricas, uma por município, surgiu da conclusão de que esta solução resolveria melhor os problemas das populações do que o projeto inicial de aquisição de “duas ou três viaturas medicalizadas”.

Para a autarca, a solução encontrada responde a “dois pilares” em que a CIMT assenta a sua estratégia para reforçar a competitividade do território, a promoção da coesão e da qualidade de vida e da sustentabilidade e eficiência energética.

Céu Albuquerque afirmou que numa região que tem perdido população jovem e que, “graças aos cuidados de saúde, tem uma população que vive mais anos", são precisas “novas respostas”, que permitam chegar aos que vivem sozinhos ou mais isolados.

A presidente da CIMT sublinhou que os autarcas assumiram aqui uma responsabilidade que não lhes compete, já que a saúde “tem que ser centralizada para ser universal e justa”, mas que têm a consciência que podem “fazer melhor, de uma forma mais célere e com menos custos”.

Para Manuel Delgado, “do ponto vista académico, teórico, é fácil fazer esse discurso da promoção e prevenção”, mas, “do ponto de vista prático, é mais difícil, porque os recursos financeiros são muito escassos” e é preciso “dar resposta aos doentes e às doenças, mesmo que algumas delas sejam fruto de um passado em que a prevenção não se fazia”.

Fazem parte da CIMT 11 municípios do distrito de Santarém - Abrantes, Alcanena, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Mação, Ourém, Sardoal, Tomar, Torres Novas e Vila Nova da Barquinha - e dois do de Castelo Branco - Sertã e Vila de Rei.

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