Ministro regista coincidência entre roubo de material de guerra e reforço da segurança
Granadas foguete anticarro, granadas de gás lacrimogénio, munições e explosivos desapareceram dos paióis do Exército em Tancos.
O ministro da Defesa garantiu esta sexta-feira não querer avançar com insinuações, mas registou a coincidência entre o roubo de material militar dos paióis de Tancos e a decisão de reforçar o perímetro de segurança do local.
Em entrevista ao jornal da noite do canal televisivo SIC, Azeredo Lopes afirmou registar a “circunstância peculiar da coincidência [do roubo] com a decisão do reforço do perímetro de segurança” dos Paióis Nacionais de Tancos, sublinhando, porém, não querer insinuar nada, nem “aligeirar carga” das responsabilidades.
Segundo um despacho publicado na sexta-feira em Diário da República, o Ministério da Defesa Nacional autorizou, a 5 de junho, uma despesa de 316 mil euros, mais IVA, para a "reconstrução da vedação periférica exterior no perímetro norte, sul e este dos Paióis Nacionais de Tancos", Vila Nova da Barquinha.
Em comunicado, o Exército anunciou na quinta-feira que foi detectada quarta-feira ao final do dia a violação dos perímetros de segurança dos Paióis Nacionais de Tancos e o arrombamento de dois ‘paiolins’, tendo hoje precisado que entre o material de guerra roubado estão "granadas foguete anticarro", granadas de gás lacrimogénio e explosivos, mas não divulgou as quantidades.
Na noite desta sexta-feira Azeredo Lopes comentou que cabe ao ministro da Defesa “alocar ao Exército a função de garantir a segurança de instalações militares”, explicando o processo legal e burocrático de lançamento de concursos, como o referente à vedação de Tancos.
O ministro referiu ainda a ordem que deu para serem avisados os aliados internacionais do ocorrido e que aos parceiros da NATO “foi dita a verdade”, recusando, porém, que este caso tenha sido a “maior quebra de segurança da União Europeia”.