Morreu Virgílio Rapazote, figura emblemática de Abrantes
Funeral realiza-se na tarde desta quinta-feira, para o cemitério Cabacinho.
Virgílio Rapazote, empresário e figura ligada durante muitos anos ao associativismo desportivo em Abrantes, faleceu esta quarta-feira, 12 de Julho, vítima de doença prolongada. Tinha 82 anos. O funeral realiza-se na tarde desta quinta-feira, pelas 16h00, partindo da Igreja de São João Batista para o cemitério Cabacinho, no centro da cidade.
Na edição de 1 de Junho de 2005, O MIRANTE publicou um apontamento com Virgílio Rapazote na rubrica “O Poder Local aqui tão perto”, biografia resumida do enérgico homem de barbas brancas e óculos grossos que aviava cervejas, cafés e refeições num dos cafés mais populares do centro histórico de Abrantes , o “Pirata”.
Virgílio Rapazote era natural de Bragança e veio cumprir o serviço militar para Abrantes, onde casou e fez vida. Mas antes de fixar residência na cidade ribatejana, ofereceu-se como voluntário para Moçambique, foi militar miliciano durante sete anos e já como civil embarcou para Angola para governar a vida.
De regresso a Abrantes, Virgílio Nuno Rapazote estabeleceu-se na praça Raimundo Soares e deu nome ao próprio café. “Chamavam-me o Pirata porque nunca gostei de deixar créditos por mãos alheias e se havia que manter a ordem eu resolvia o problema”, contava.
Trabalhou durante 25 anos no Sport Abrantes Benfica. “Dei mais de 50 mil horas de trabalho ao clube, sem qualquer interesse e hoje voltava a fazer o mesmo”, dizia. O município de Abrantes também reconheceu o trabalho desenvolvido por Virgílio Rapazote e atribuiu-lhe a medalha de mérito desportivo.