Sociedade | 19-10-2017 08:02

Unidades de cuidados continuados querem mais apoios do Estado

Unidades de cuidados continuados querem mais apoios do Estado
SERVIÇO. Unidades de cuidados continuados garantem internamento de doentes com carácter temporário

Associação representativa das instituições que garantem esse serviço queixam-se que as comparticipações estatais não chegam para as despesas.

A Associação Nacional dos Cuidados Continuados alertou para a grave situação financeira que muitas Unidades de Cuidados Continuados Integrados (UCCI) estão a atravessar, dizendo mesmo que muitas delas correm o risco de fechar portas. E responsabiliza o Estado português, defendendo que o valor das comparticipações estatais não é justo face à realidade com que se confrontam, pois os custos vão aumentando sem que as receitas obtidas sejam suficientes para compensar. Uma realidade que afecta também algumas instituições das região com quem falámos.


Manuel Martins, presidente da ABEI - Associação para o Bem Estar Infantil da Freguesia de Vila Franca de Xira,- explica que esse é também um problema para a UCCI que gere e que também enfrenta problemas financeiros, agravados pela falta de actualização das comparticipações estatais. Realidade que se vem juntar à dívida que a instituição contraiu com a construção da própria Unidade de Cuidados Continuados.


O responsável da ABEI revela que o lema da UCCI de Vila Franca de Xira é “E se fosse eu?”. Por isso faz um esforço financeiro para garantir que tem um quadro de funcionários polivalente e que dê resposta a todas as necessidades dos utentes. Manuel Martins explica ainda que os custos com o tratamento dos utentes têm vindo a aumentar, não só pela necessidade de uma variedade cada vez maior de profissionais como pela duração das estadias dos utentes. “A média de tempo que uma pessoa devia estar na unidade era de 260 dias mas há pessoas que estão lá desde que abriu”, admite o presidente.
Acrescenta que esse é um dos principais problemas que a unidade enfrenta. “Temos pessoas que já não estão dentro dos critérios para estar na unidade mas não se encontra lar para elas e por isso continuam lá, porque não podem ir para casa sozinhas, pois não têm família próxima ou alguém que fique a cuidar delas”, desabafa Manuel Martins.

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