O jornal online observador.pt avançou na quinta-feira, 19 de Outubro, que cinco toneladas de peças roubadas de um carro de combate "M47”, do Campo Militar de Santa Margarida, foram recuperadas pela GNR, numa sucata na Chamusca, cerca de um mês antes roubo do material de guerra dos paióis de Tancos. Um homem foi detido no âmbito dessa operação.

O Exercito Português já reagiu, em comunicado, na sexta-feira, 20 de Outubro, explicando que "a zona não edificada do Campo Militar de Santa Margarida, pelas suas dimensões e pelas vantagens da utilização partilhada entre militares e civis, não é vedada. Aquando da realização de fogos reais, o Exército activa um sistema de segurança física alargada, assegurando que não existe ninguém na área onde decorre o exercício", lê-se no comunicado.

O Exército confirma que "a situação referida é aproveitada pelos sucateiros que, normalmente à noite, entram nas áreas dos alvos do exercício com o propósito de recolher pedaços de metal soltos resultantes do impacto dos projécteis". E assegura que "sempre que detecta presença de elementos civis não autorizados dentro da área de treino, informa a GNR, apresenta queixa nos termos da lei e colabora com as autoridades nas investigações desenvolvidas que, no caso agora referenciado, conduziram a GNR à apreensão da sucata indevidamente recolhida e à detenção do presumível autor do ilícito".

O M47 foi um carro de combate utilizado pelo Exército Português desde o início dos anos 50 até ao início dos anos 80. O Exército possui actualmente o carro de combate Leopard 2A6, que substituiu o M60, sucessor do M48, que, por sua vez, substituiu o M47.

O Exército utiliza, para o tiro real de munições de grande calibre, (desde 12,7mm até 155mm), algumas “carcaças” de dimensão considerável, como viaturas e carros de combate, sendo a sucata do M47 um exemplo.