Sociedade | 02-11-2017 16:35

Movimento pelo Tejo denuncia nova mortandade de peixes no rio exige medidas

Movimento pelo Tejo denuncia nova mortandade de peixes no rio exige medidas

Movimento proTEJO já em 16 de Setembro de 2017 tinha alertado que o rio estava a ser vítima de eutrofização no alto Tejo.

O Movimento pelo Tejo exigiu hoje ao Governo medidas que permitam impedir a continuação da poluição do rio Tejo, tendo denunciado a "mortandade de milhares de peixes" na zona de Vila Velha de Ródão, Castelo Branco.

Na "carta aberta" dirigida ao ministro do Ambiente, o proTEJO, movimento ambientalista com sede em Vila Nova da Barquinha, no distrito de Santarém, refere uma "catástrofe ambiental que se anunciava e que está agora a ocorrer com uma vastíssima mortandade de peixes e a destruição da fauna e flora do Tejo", em especial na zona de Vila Velha de Ródão e a barragem do Fratel, apontando como causas a poluição causada por empresas e a eutrofização das águas do rio.

"O proTEJO já em 16 de Setembro de 2017 tinha alertado que o rio Tejo estava a ser vítima de eutrofização no alto Tejo, trazendo consigo um tapete verde de algas desde Espanha (...) causado pela poluição e pela redução do caudal, que consome o oxigénio da água e reduz os seus níveis colocando os ecossistemas aquáticos em perigo de sobrevivência e, consequentemente, matando os peixes", refere o documento.

"À poluição que chega de Espanha acrescem as contínuas descargas poluentes das celuloses de Vila Velha de Ródão que se acumulam até à barragem do Fratel", pode ler-se na mesma nota, assinada por Paulo Constantino e José Moura, porta-vozes do proTEJO.

Os ambientalistas referem ser "inacreditável, inconcebível, inaceitável e intolerável" as "imagens de milhares de peixes que jazem mortos, desde 13 de Outubro, nas águas do Tejo sujo e poluído entre Vila Velha de Ródão e a barragem do Fratel", tendo afirmado assistirem a "outros tantos milhares de peixes a nadarem continuamente à superfície da água com as bocas fora de água para poderem respirar o oxigénio que a água poluída não tem e que o buscam à superfície".

Nesse sentido, o movimento ambientalista reclama do Governo, através do ministério do Ambiente, o "incremento da intervenção da IGAMAOT [Inspecção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território] e da APA [Agência Portuguesa do Ambiente] de forma eficaz e determinada tendo em vista a detecção das origens e dos focos de poluição que estão a agravar-se neste momento, bem como a tomada das acções coercivas que impeçam a continuidade da acção poluidora".

Por outro lado, pedem a "tomada de medidas para a contenção das descargas poluentes no rio Tejo, nomeadamente para garantir que as emissões de efluentes da Celtejo para o rio Tejo estejam dentro de parâmetros que garantam o objectivo de alcançar o bom estado ecológico das suas massas de águas ao longo de todo o seu curso em território português, seja pela maior fiscalização, seja pela revisão ou suspensão das licenças de emissão de efluentes".

Por fim, o movimento ambientalista requer a "determinação das causas da morte de milhares de peixes ocorrida desde 13 de Outubro de 2017, entre Vila Velha de Ródão e a barragem do Fratel, identificando e responsabilizando os agentes poluidores".

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