Sociedade | 04-12-2017 12:34

Empresários não perceberam que liderar não é impor

Empresários não perceberam que liderar não é impor
IDENTIDADE PROFISSIONAL

Depois de quase 40 anos desenvolvendo a sua carreira profissional em várias empresas, Helena Cavacas Veríssimo descobriu, em 2003, o mundo do desenvolvimento pessoal.

Ainda há a ideia, junto dos empresários, que liderar é impor ordens aos seus colaboradores, uma ideia “errada” e pouco ou nada produtiva. A opinião é de Helena Cavacas Veríssimo, 63 anos, executive & sales coach da Ask4PlusCoaching da Póvoa de Santa Iria, concelho de Vila Franca de Xira.


“Os empresários devem perceber quão importante é o coach na forma de liderar os seus colaboradores. Há muito a ideia de que liderar é impor. Pelo contrário, o líder que impõe não vai conseguir muito dos seus colaboradores. Deve assumir responsabilidades e trabalhar em equipa. Para que todos vejam e sintam que juntos são mais fortes. Os resultados aumentam se os colaboradores perceberem que estão no trabalho com uma missão e não a cumprir uma ordem”, explica a O MIRANTE.


Helena é também formadora certificada pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional. Licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas na Faculdade de Letras de Lisboa e em Assessoria de Administração no Instituto Superior de Novas Profissões. Tem, também, formação jurídica como solicitadora. É de Castanheira de Pêra mas vive na Póvoa de Santa Iria há mais de três décadas. Mudou-se para a cidade quando fez parte do staff do conselho de administração de uma empresa da zona. “Nunca tinha vivido aqui e aprendi a gostar. Quando me mudei foi uma diferença grande mas acabei por me enraizar”, conta.


Recentemente foi uma das pessoas que protagonizou o filme premiado internacionalmente “A fábrica de nada”, rodado na Póvoa de Santa Iria. Durante mais de 40 anos desenvolveu a sua carreira profissional em vários negócios e chegou a trabalhar numa Secretaria de Estado. “Não me posso queixar da minha vida profissional. Há pessoas que se queixam muito mas acho que fazemos aquilo para onde direccionamos a nossa vida. Quando passamos muito tempo a questionar-nos não temos possibilidade de tentar fazer o que gostamos. Sempre fiz o que queria fazer no momento”, refere a O MIRANTE.

“Todos devíamos ter um coach”

Um dos seus principais desafios surgiu em 2003 quando descobriu a área do desenvolvimento pessoal e do coaching. “Quando me comecei a interessar por esta área em Portugal os livros sobre o assunto ainda eram chamados de auto-ajuda, um nome que detesto ouvir. O coaching é uma das ferramentas do desenvolvimento pessoal. É um processo em que o profissional ajuda a pessoa a conhecer-se melhor, auto-responsabilizar-se e encontrar caminhos para uma situação menos clara que está na sua vida”, explica.


Uma das vantagens do coaching é observado na vida empresarial. “Ajudo o cliente a encontrar respostas para aquela situação que está a viver no momento. Na área empresarial é fácil um empresário, seja grande ou pequeno, sentir-se só no momento da decisão, é fácil ele sentir-se encurralado no seu dia-a-dia. Nós ajudamos nesse processo. Pretende-se que a pessoa consiga falar consigo própria de forma honesta e não tenha medo de fazer as perguntas certas”, conta.


E sublinha: “O meu trabalho é orientar as pessoas para atingirem patamares mais elevados de desenvolvimento pessoal. Todos devíamos ter um coach. Não é uma fraqueza mas sim um factor de inteligência, poder contar com alguém que o possa alavancar para um resultado.

Espero que em Portugal as pessoas tomem noção do quão interessante e importante pode ser terem como aliado um profissional nesta área”.

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