Sociedade | 05-12-2017 15:24

Morreu a jovem que lutava há dois anos contra cancro muito raro nos ossos

Morreu a jovem que lutava há dois anos contra cancro muito raro nos ossos

Beatriz Estroia Coelho, natural de Vila Chã de Ouríque, Cartaxo, faleceu aos 21 anos.

Morreu Beatriz Estroia Coelho, a jovem, de 21 anos, que lutava há cerca de dois anos contra um tipo de cancro muito raro, chamado Sarcoma de Ewing, que deriva de uma mutação genética. Beatriz vivia em Vila Chã de Ourique, concelho do Cartaxo, com a mãe, a irmã e os avós maternos, de quem era muito próxima. O MIRANTE deu a conhecer a sua história em Agosto deste ano. A jovem do Cartaxo descobriu o tumor maligno nos ossos, que já tinha alastrado ao cérebro, depois de ter emigrado para o sul de Inglaterra no final de 2015.

Já em solo britânico foi a uma médica que nunca lhe mandou fazer exames e achava que as dores na coluna e omoplata eram normais. Em Abril de 2016 a sua omoplata começou a inchar e cresceu muito. A jovem procurou um hospital e foi aí que os médicos perceberam que alguma coisa não estava bem. “Disseram-me que dali a duas semanas ia receber uma carta para ir a um especialista. Só depois desta consulta com o especialista é que começaram a desconfiar que eu podia ter um tumor porque não era normal a minha omoplata estar tão grande”, contou na altura a O MIRANTE.
Beatriz confessa que o maior choque foi quando recebeu uma carta para ir a uma consulta de oncologia. Nessa altura já tinha sangue na urina, febre, muita dificuldade em levantar-se da cama e não conseguia vestir-se sozinha.

“Quando recebi a carta para oncologia fiquei muito, muito assustada. Parecia que o chão se tinha aberto debaixo dos meus pés e eu estava a cair em queda livre. Estava em Inglaterra com amigos mas senti-me muito sozinha porque não tinha a minha família. Só contei à minha irmã porque somos muito próximas. Não contei à minha mãe nem aos meus avós porque não os queria preocupar. Na altura, ainda não havia a confirmação da doença”, confessava, tendo depois regressado a Vila Chã de Ourique.

O tumor espalhou-se para a coluna e depois descobriu que também alastrou para a cabeça e a uma das costelas. Os médicos deram-lhe uma esperança de vida de cerca de dois anos. Inconformada com o diagnóstico e disposta a lutar pela sua vida foi à procura de alternativas que se revelaram infrutíferas uma vez que Beatriz, apesar da força e coragem com que enfrentou a doença, não conseguiu vencer o tumor maligno.

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