Sociedade | 09-12-2017 12:03

“É impossível não mudar as prioridades da vida quando temos um tumor no cérebro”

“É impossível não mudar as prioridades da vida quando temos um tumor no cérebro”

Luís Boavida era o candidato do PSD à presidência da Câmara de Tomar nas últimas eleições autárquicas. Viu-se obrigado a desistir depois de lhe ter sido diagnosticado um tumor no cérebro.

Teve a coragem de assumir a sua doença e partilha alguns momentos desta fase da sua vida nas redes sociais. Isso ajuda-o a enfrentar a doença?

Ajuda-me muito porque estou a tentar tratar a doença mas não a consigo controlar e por isso é melhor assumi-la. Não tenho nada a ganhar em esconder a doença e sinto bastante apoio das pessoas. Sei que sirvo de exemplo para algumas pessoas que estão a atravessar o mesmo problema. Tenho também a felicidade de ter uma família excepcional, que me ajuda a ultrapassar esta situação com mais coragem, sobretudo o meu filho que é um jovem médico.

Tem sido um apoio precioso?

Ele é interno no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, mas desde que me foi detectado este problema de saúde focou-se na minha doença. Está metido em dois fóruns internacionais médicos, nomeadamente americano e inglês, e debate com pessoas que têm o meu tipo de problema para tentar perceber o melhor método para vencer a doença. Acompanha-me em todas as consultas e tratamentos, assim como a minha esposa, e discute com os médicos a melhor abordagem para o meu tratamento.

Como está a combater a doença para além dos tratamentos médicos prescritos?

Estou a fazer uma dieta que ele me recomendou, porque neste tipo de doenças é muito importante ter uma alimentação saudável e é o que tenho feito nos últimos meses, apesar de ser um excelente garfo e adorar a gastronomia portuguesa. Costumo dizer que esta doença apresentou-me novos pratos da cozinha portuguesa, como pescada cozida com brócolos que também é um prato delicioso. (risos)

O que sentiu quando os médicos lhe transmitiram o diagnóstico?

Não consigo expressar em palavras. Foi muito complicado e não estava nada à espera. Quando me senti mal e desmaiei os médicos suspeitaram inicialmente que fosse um pequeno AVC [Acidente Vascular Cerebral] mas depois fiz mais exames e foi quando detectaram o tumor no cérebro. A pessoa está à espera de algo menos bom mas uma coisa destas é um choque grande. É o chão que nos foge completamente dos pés e o mundo que nos cai em cima. Mas acho que tenho tido muita coragem para enfrentar toda a situação e acredito que vou vencer esta batalha. Acreditar nisso e ter uma atitude positiva é meio caminho andado para as coisas correrem bem.

Entrevista completa na edição semanal de O MIRANTE AQUI

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