Sociedade | 06-01-2018 19:42

Médico cubano que esteve em Foros de Salvaterra condenado por violação nos Açores

Clínico cubano abandonou o Ribatejo em Maio de 2016 sem dar justificações, alegadamente porque teria salários em atraso.

O médico cubano que em Maio de 2016 abandonou, sem dar justificação, o serviço na Extensão de Saúde de Foros de Salvaterra (concelho de Salvaterra de Magos) para ir trabalhar para os Açores, foi na semana passada condenado pelo Tribunal de Ponta Delgada a uma pena de seis anos de prisão por cinco crimes de violação de mulheres, tendo sido absolvido de uma acusação de importunação sexual.

O clínico foi trabalhar para o serviço de urgências do Hospital do Divino Espírito Santo, em São Miguel, e terá praticado os actos de que é acusado durante o serviço. A juíza disse que o homem se aproveitou da ida das mulheres ao serviço de urgência e da confiança que as pacientes nele depositaram, por ser médico, “praticando actos que nada têm a ver com atos médicos, mas sim do foro sexual”. O tribunal teve ainda em conta as declarações das seis mulheres que, segundo sublinhou a juíza, queixaram-se “de forma assertiva”.

Conforme O MIRANTE noticiou em 10 de Maio de 2016, o médico cubano que prestava serviço na Extensão de Saúde de Foros de Salvaterra ao abrigo do contrato de cooperação entre Portugal e Cuba, abandonou o serviço sem dar qualquer justificação. Ao que o nosso jornal apurou na altura, o médico decidiu ir embora, quebrando o contrato de trabalho previsto, e foi trabalhar para uma empresa privada de prestação de serviços, tendo sido colocado nos Açores. O médico estaria há cerca de três meses sem receber salário por alegado incumprimento do Estado cubano.

A Câmara de Salvaterra de Magos, à semelhança do que faz com os outros médicos estrangeiros que estão a trabalhar no concelho, dava a esse médico cubano alimentação e habitação. No entanto, a falta de ordenado complicava a vida do médico que tem mulher e três filhos menores.


A advogada do médico garantiu que iria recorrer do acórdão por acreditar na inocência do seu cliente.

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