Santarém não paga antigo quartel da Cavalaria enquanto preço não baixar
Autarquia recusa começar a liquidar as prestações enquanto a fasquia não baixar dos 16 milhões de euros.
A Câmara de Santarém só vai começar a pagar a aquisição do quartel da antiga Escola Prática de Cavalaria (EPC) se o preço do complexo for revisto em baixa, estando fora de questão o pagamento dos 16 milhões de euros acertados com o segundo Governo de José Sócrates, em 2011, quando o município era liderado por Francisco Moita Flores (PSD).
O actual presidente da câmara, Ricardo Gonçalves (PSD), que ao tempo era vereador, referiu na última reunião de câmara que em 2016 houve negociações com o Governo para baixar a fasquia e deixou claro o que pretende: “Enquanto estiver como presidente, se não houver revisão em baixa do preço não pagaremos”.
O assunto encontra-se em banho-maria embora o quartel já esteja há muito na posse do município, tendo sido lá instalados serviços de diversas índoles, como tribunais, um Centro de Inovação Empresarial, serviços municipais, um campo de râguebi e delegações de entidades como a Cruz Vermelha e a Ordem dos Advogados.
O negócio previa que o município pagasse 16 milhões de euros ao Estado, repartidos por 72 prestações mensais (nove anos). As prestações deviam começar a ser pagas a partir de Janeiro de 2015, mas a Câmara de Santarém, entretanto, pediu um prolongamento do período de carência de mais três anos e tem tentado renegociar com o Governo os termos contratuais.
* Notícia completa na edição semanal de O MIRANTE.