Sociedade | 08-02-2018 07:07

Aprovados oito projectos de 22 milhões para prevenção de cheias no Tejo

Vão ser feitas intervenções em diques da Golegã, da Chamusca, Santarém, Almeirim, Salvaterra de Magos e Valada (Cartaxo).

Vinte e seis candidaturas ao fundo de coesão para prevenção e gestão do risco de cheias, de 22 áreas identificadas como críticas, foram aprovadas, permitindo um investimento de 86,5 milhões de euros em 304 quilómetros de linhas de água.

O anúncio foi feito esta quarta-feira pela coordenadora do Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR), Helena Pinheiro de Azevedo, na Golegã, na cerimónia de assinatura dos 16 Projectos resultantes do terceiro aviso para "intervenções estruturais de desobstrução, regularização fluvial e controlo de cheias, em zonas de inundações frequentes e de danos elevados”.

Segundo a responsável, as intervenções, a ocorrer ao longo deste ano e de 2019, irão reduzir os riscos de cheias e inundações em 89.000 hectares do território, beneficiando uma população de 940.000 pessoas.

Os 26 projetos já aprovados, com um apoio total da ordem dos 64 milhões de euros do fundo de coesão, preveem intervenções nas bacias hidrográficas do Lima, do Cávado, do Douro, do Vouga, do Mondego, do Tejo, do Sado e em ribeiras do Algarve.

Os investimentos de maior dimensão vão decorrer nas bacias do Mondego – cinco projectos com um investimento total de 27,5 milhões de euros, dos quais 22,3 milhões de fundos comunitários – e do Tejo, com oito projectos aprovados para um investimento de 22,2 milhões de euros, 16,6 dos quais do fundo de coesão.

No caso do Tejo, vão ser feitas intervenções em cinco diques do concelho da Golegã (1,2 milhões de euros do fundo de coesão), no sistema de diques da Chamusca (700.000 euros), em dois diques em Santarém (500.000 euros), dois em Almeirim (400.000), um em Salvaterra de Magos (700.000 euros), estes da responsabilidade dos municípios, e no sistema de diques de Valada (Cartaxo), pela Agência Portuguesa do Ambiente (400.000), num investimento total de cinco milhões de euros (3,9 milhões dos quais de fundo aprovado).

Para o ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, que, acompanhado pelo secretário de Estado Carlos Martins, presidiu à cerimónia, os investimentos que vão ser feitos ao abrigo destes projectos vão permitir proteger territórios considerados críticos.

“Não é por estarmos num período de seca que as cheias são menos prováveis. O que sabemos é que cada vez mais estes fenómenos climáticos extremos acontecem com muita frequência, são imprevisíveis e, por isso, temos mesmo que estar preparados para eles”, declarou.

Respondendo ao repto lançado pelos presidentes da Câmara da Golegã, Veiga Maltez, e da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo, Pedro Ribeiro (Almeirim), para o regresso dos guarda-rios, Matos Fernandes afirmou que as autarquias são “capazes de fazer melhor” a fiscalização e gestão das linhas de água pela “proximidade” ao território.

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