Sociedade | 10-03-2018 17:45

​​​Movimento pondera medidas drásticas para reclamar obras na EN3 em Azambuja

​​​Movimento pondera medidas drásticas para reclamar obras na EN3 em Azambuja
Foto O MIRANTE

Trinta pessoas perderam a vida entre 2000 e 2015 no troço dessa estrada nacional que atravessa o concelho de Azambuja.

O movimento Plataforma EN3 continua a exigir ao Governo obras que tornem o troço da Estrada Nacional 3 (EN3) no concelho de Azambuja mais seguro e não coloca de parte a possibilidade de cortar a via como acção de protesto caso não haja novidades nos próximos tempos.

"Só consideramos que tivemos uma vitória no dia em que as obras forem concluídas", afirmou na sexta-feira, 9 de Março, Inês Louro, presidente da Junta de Freguesia de Azambuja e membro da Plataforma Estrada Nacional 3 (EN3), na abertura da acção de sensibilização que decorreu no Páteo do Valverde, em Azambuja.

Questionado por O MIRANTE sobre o que pensa a Plataforma EN3 fazer caso não haja alteração do actual cenário, André Salema, também fundador do movimento, diz que podem diz que não estão postas de parte medidas mais drásticas como, por exemplo, cortar a EN3. "Um dia destes vamos chegar a esse ponto. No dia em que se esgotarem a diplomacia e as conversas, se fizermos exactamente isso, se calhar as respostas chegam de forma mais rápida do que pela via diplomática. Portanto, não descartamos que isso um dia possa vir a acontecer", disse.

No encontro que teve como principal foco a apresentação à comunicação social das preocupações, iniciativas desenvolvidas e a desenvolver na EN3, André Salema, também membro fundador desse movimento, expôs os números, que segundo o mesmo, "ninguém quer ver". Entre 2000 e 2015, a Estrada Nacional 3 foi cenário de 557 acidentes graves, onde 30 pessoas perderam a vida e mais de 60 saíram feridas com gravidade.

A Plataforma EN3 aproveitou a acção de sensibilização para apresentar uma iniciativa, que será realizada no dia 15 de Maio, Dia das Famílias, em que pretende iluminar toda a Estrada Nacional 3 no concelho de Azambuja. "O objectivo é utilizar garrafões que terão um fundo com água e lá dentro estará uma pequena lamparina acesa", afirmou Inês Louro.

Segundo a presidente da Junta de Azambuja o objectivo é unir a população ao longo de 13 km. A autarca esclareceu que em estudo está a possibilidade de nesse mesmo dia ser inaugurada uma placa, no local onde os municípios de Azambuja e Alenquer se unem, em memória de todos que já morreram na Estrada Nacional 3..

Já Luís de Sousa, presidente da Câmara Municipal de Azambuja, também presente na mesa, falou em promessas antigas feitas pelo Governo para "show off", com protocolos que não saíram do papel. Face à atitude da plataforma EN3 em lutar contra a inércia relativamente às obras na EN3 nos tribunais se preciso for, o autarca sugeriu "uma reunião com o ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, antes de se enveredar por esse caminho".

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