Sociedade | 02-05-2018 16:26

Leilão do Museu da Vida de Cristo em Fátima teve um interessado na compra

Leilão do Museu da Vida de Cristo em Fátima teve um interessado na compra
FÁTIMA
Foto - O MIRANTE

Comprador é uma associação religiosa que não foi divulgada e tem 12 horas para formalizar negócio junto da leiloeira

A leiloeira do edifício do Museu da Vida de Cristo, em Fátima, anunciou esta quarta-feira, 2 de Maio, existir uma proposta de 5,3 milhões de euros para a totalidade dos bens, embora não cumpra os requisitos.

“Temos uma proposta de 5,3 milhões de euros para tudo, mas não está devidamente instruída”, informou o administrador da Leilosoc, Carlos Gomes, às cerca de 25 pessoas presentes no leilão, que decorreu numa unidade hoteleira de Fátima.

Segundo Carlos Gomes, a leiloeira vai agora esperar 12 horas pela “formalização da proposta”, que partiu de uma associação religiosa portuguesa.

No leilão houve ainda o registo de oferta para quatro lojas, embora a sua eventual venda fique condicionada à concretização da proposta global.

O edifício do Museu da Vida de Cristo, em Fátima, foi esta quarta-feira a leilão por um valor total de cerca de 5,3 milhões de euros.

“O valor dos bens imóveis é de 4.456.063 euros e o dos bens móveis é de 836.187 euros”, disse na segunda-feira fonte da Leilosoc, com sede no Porto e filial em Leiria, entre outras cidades.

Na descrição do leilão, na página na Internet da leiloeira, refere-se que se trata do Museu da Vida de Cristo, com 210 figuras de cera, 16 estabelecimentos comerciais e parque de estacionamento com dois pisos.

O Museu da Vida de Cristo foi inaugurado em Abril de 2007. Tem um acervo de 210 figuras de cera, distribuídas por 33 cenas, o mesmo número de anos que viveu Jesus.

Em 28 de Março de 2017, a assembleia de credores da Vida de Cristo, Parques Temáticos, dona do museu, determinou, na Secção de Comércio da Comarca de Santarém, o encerramento da actividade e a venda dos activos da empresa.

A decisão, que apenas contou com o voto contra do representante dos trabalhadores, foi tomada por três dos credores, tendo ficado a comissão de credores a ser presidida pela Caixa Geral de Depósitos, principal credora (3,6 milhões de euros dos 6,1 milhões em dívida).

Em Outubro de 2017, houve uma primeira tentativa de venda, através da abertura de propostas em carta fechada, mas não foram recepcionadas propostas.

Hoje, a administradora de insolvência do espaço, Tatiana Brás, considerou que se trata de uma venda que, “atendendo ao tipo de activos, se reveste de alguma especificidade”.

“Por essa razão, os eventuais interessados terão que reconhecer o potencial do activo, assim como a sua importância para o desenvolvimento local e projecção internacional”, acrescentou Tatiana Brás.

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